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VÍDEO: Emocionada, dona de casa faz apelo para ter de volta papagaio apreendido: “Pedro era como um neto”

Durante operação policial em Sousa, forças de segurança acabaram localizando acidentalmente, no quintal de dona Maria Auxiliadora, o papagaio de estimação Pedro, que ela criava há quatro anos

Por Diário do Sertão

03/04/2024 às 20h23 • atualizado em 03/04/2024 às 20h26

Na manhã do dia 5 de julho de 2023, quando as polícias estavam cumprindo um mandado de busca e apreensão em uma residência na rua Azarias Gadelha, no Conjunto José Lins do Rêgo, na cidade de Sousa, a dona de casa Maria Auxiliadora Barbosa, de 59 anos, não imaginaria que acidentalmente também iria acontecer algo que mudaria sua vida.

É que durante a operação policial na casa vizinha à dela, quando as forças de segurança utilizavam um drone para localizar os alvos da operação, acabaram localizando também, no quintal de dona Maria Auxiliadora, o papagaio de estimação que ela criava há quatro anos. Como se sabe, criar animal silvestre como pet sem licença dos órgãos ambientais é crime previsto no artigo 29 da Lei 9.605/1998.

Ao ser questionada pela polícia, dona Maria Auxiliadora confirmou que o papagaio era de sua propriedade. Porém, apesar de garantir que cuidava bem do animal e que o bicho não vivia em cativeiro, dona Maria teve que ser conduzida para a delegacia de Sousa para as medicas cabíveis.

Em entrevista à TV Diário do Sertão, dona Maria disse que “adotou” o animal desde que encontrou ele na árvore que fica em frente à sua casa. Emocionada, ela explica que o papagaio se chama Pedro porque foi encontrado no dia de São Pedro. Como o bichinho era tratado como um membro da família, ele até aprendeu a chamar dona Maria de vó.


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Papagaio Pedro foi localizado no quintal de dona Maria Auxiliadora

O papagaio Pedro foi apreendido pela polícia e encaminhado para a delegacia. No mesmo dia, foi entregue pela Polícia Civil à Polícia Ambiental em Patos. Até hoje, nunca mais a família teve notícia de Pedro.

“Nesse dia, para mim, desabou tudo, porque a gente se apega e quer um bem tão grande. Eu chorei muito. Até hoje sinto. E eu queria tanto ver ele. Eu penso que onde ele está hoje, ele ficou triste e me chamou de vó”, diz Dona Maria.

Apesar da multa de R$ 5 mil, dona Maria Auxiliadora não desiste de reencontrar o papagaio. Com ajuda do advogado João Estrela, ela tenta ter de volta o bicho e se livrar da pena.

“Elas no procurou e assegura, com a palavra de uma pessoa de bem como ela é, que ela jamais apreendeu o papagaio Pedrinho. Ela não preenche os requisitos que a lei exige para apreensão de animais. Pelo relato dela e pelas provas que nós pretendemos produzir em juízo, acreditamos que haja uma possibilidade da Justiça mandar que o IBAMA devolva o Pedrinho”, afirmou o advogado.

Dona Maria Auxiliadora e suas calopsitas

Nossa reportagem tentou diversas vezes contato com a Polícia Ambiental, mas as ligações não foram atendidas. Enbora não saiba se o papagaio Pedro ainda está sob os cuidados da polícia, se está do IBAMA ou livre na natureza, a dona de casa não esquece o seu antigo amigo.

“Eu cuidava dele tão bem, todo mundo sabe aqui. E isso deixa um vazio na gente, porque é mesmo que um filho. De lá pra cá, foi uma negação da minha vida”, lamenta a dona de casa.

DIÁRIO DO SERTÃO

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