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VÍDEO: Professor da UFPB diz que proibição de alimentar animais em faculdade particular configura maus tratos

Professor Francisco Garcia Figueiredo, coordenador do Núcleo de Justiça Animal (NEJA) da (UFPB), também reagiu revoltado com a decisão de uma faculdade particular de João Pessoa de proibir alunos e funcionários de dar comida e água para animais nas dependências do campus

Por Jocivan Pinheiro

06/09/2023 às 10h32 • atualizado em 06/09/2023 às 11h15

O professor Francisco Garcia Figueiredo, coordenador do Núcleo de Justiça Animal (NEJA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), também reagiu revoltado com a decisão da Faculdade Nova Esperança (Facene/Famene), em João Pessoa, de proibir alunos e funcionários de alimentar, abandonar, oferecer água e abrigo para animais nas dependências do campus. Momentos antes, o delegado Ilamilto Simplício, da 17ª Delegacia Seccional de Polícia Civil na cidade de Itaporanga, já havia compartilhado um vídeo repudiando a decisão da faculdade.

Segundo o professor Francisco Garcia, a ordem emitida pela faculdade através de nota publicada nas redes sociais configura ‘situação de mais tratos” perante a lei de crimes ambientais.

“Uma faculdade que poderia primar por uma campanha de adoção ética e responsável desses seres. Não. Simplesmente proíbe. A proibição de alimentar animal, de dessedentar animal, revela situação de maus tratos, tipificada como crime no artigo 32 da lei de crimes ambientais”, disse o professor em um video feito por ele.

Nota postada pela Facene/Famene no Instagram (Crédito: Reprodução)

Em nota divulgada nas suas redes sociais, a faculdade determina que a comunidade acadêmica e visitantes não podem levar animais para as dependências do campus, exceto “cães-guia, os pacientes da Clínica-Escola de Medicina Veterinária da Facene, naquelas dependências, ou os que possuem autorização expressa da Direção Institucional para participação em eventos ou atividades especiais em sala de aula.”

Ao final da nota, a faculdade justifica que a decisão visa “manter o equilíbrio ambiental” no campus”. Até o momento da publicação desta matéria, a Facene/Famene ainda não havia se manifestado a respeito das declarações feitas pelo delegado Ilamilto Simplício e pelo professor Francisco Garcia.

UFPB e UEPB dão exemplos

Enquanto uns proíbem o cuidado aos animais, outros buscam a solução para o abandono. É o caso da UFPB, que em agosto realizou uma reunião no Campus I, em João Pessoa, para elaborar uma série de medidas de controle dos animais de rua dentro e no entorno do campus, assim como prevenir e combater o crime de abandono de animais.

Entre as medidas, a intensificação na vigilância, realização de reunião com diretores de Centro e com grupos de protetores de animais, criação de uma comissão de bem-estar animal e realização de uma campanha de conscientização.

Uma resolução do Conselho Universitário (Consuni) que versa sobre a política institucional e o bem-estar animal está em processo de elaboração e tramitação, para aprovação pelo colegiado, assim como se planeja a criação de uma comissão sobre o tema.

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), por sua vez, possui a Comissão de Direito e Bem-Estar Animal (CDBEA), que tem promovido diversas ações de conscientização no que diz respeito ao combate do abandono de animais. Uma dessas ações é a campanha “Dezembro Verde”, que realiza uma série de atividades educativas contra os maus-tratos realizados contra os bichos.

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