No terceiro episódio do “Arquivo Diário”, ex-prefeito de Cajazeiras, Léo Abreu revela bastidores da renúncia
Em entrevista resgatada de 2013, o médico afirmou que a decisão foi motivada por um "desencanto com essa vida corrida, atribulada" e pela percepção de que não conseguiria executar o que havia se proposto inicialmente na gestão municipal.
O ex-prefeito de Cajazeiras, Léo Abreu, descartou a possibilidade de retornar à vida pública partidária e revelou os bastidores de sua renúncia ao cargo em 2011. Em entrevista resgatada no terceiro episódio do projeto ‘Arquivo Diário’ da TV Diário do Sertão – iniciativa que celebra os 20 anos do veículo –, gravada em 2013, o médico afirmou que a decisão foi motivada por um “desencanto com essa vida corrida, atribulada” e pela percepção de que não conseguiria executar o que havia se proposto inicialmente na gestão municipal.
De volta às suas atividades como médico, Léo Abreu justificou a renúncia como um ato estritamente individual, concluindo que “poderia servir a cidade muito mais como profissional” da saúde. Ele destacou que a dedicação à medicina reforçava sua convicção. A decisão, classificada por ele como “própria, individual”, foi tomada após consultar familiares e a esposa, que, segundo o ex-prefeito, “de primeiro momento foram contra” por não haver “comparação semelhante” ou referência que pudesse fundamentar a atitude.
Política e princípios – Ao refletir sobre o período em que administrou a prefeitura, Abreu compartilhou a principal lição da experiência: “a política é muito complicada de ser exercida quando você tem certos princípios e que entende que esses princípios são imutáveis”.
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O ex-prefeito admitiu ter dificuldade em adquirir o chamado “jogo de cintura” necessário para conciliar conflitos e diferenças de pensamento na esfera pública, o que, em sua visão, exigiria “abrir mão de certos princípios”.
Diante de um cenário que, em sua avaliação, exigia um “poder de complacência muito maior” do que estava disposto a ceder, o ex-gestor optou pela renúncia. Segundo Abreu, o espaço político não se mostrou um “ambiente propício para eu exercer esses princípios e essas minhas ideias”.
Apesar do desgaste e do fim precoce do mandato, Léo Abreu não demonstrou arrependimento. “Não me arrependo de ter sido candidato e não me arrependo de ter saído da prefeitura”, enfatizou. Ele mantém, contudo, o desejo de atuar em outras esferas – como a “política de classe, sim, a política educacional, a política social” – buscando construir “coisas boas para a sociedade” em seu setor de atuação e em outras instituições. Sobre um retorno à política de mandato, o veredito é final: “Política partidária, não. Eu já acho que já cumpri minha parte.”
DIÁRIO DO SERTÃO
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