VÍDEO: Moradores convivem com falta d’água em Sousa e fazem apelo: “Não devia fazer isso com os pobres”
O problema no Conjunto CEHAP é antigo e recorrente. Segundo os moradores, só tem água apenas três dias por semana e em algumas casa o líquido tem dificuldade para subir até as torneiras
A reportagem da TV Diário do Sertão foi até o Conjunto CEHAP, na cidade de Sousa, Sertão da Paraíba, onde os moradores sofrem com a falta d’água constante. Dona Maria José é catadora de recicláveis e mostrou a situação que vive no momento. Segundo ela, a água chega na residência apenas três dias por semana e, mesmo assim, nas casas que ficam em áreas altas a água não tem força para chegar.
“Não pode fazer isso com a pobreza, porque nós aqui temos senhoras de idade, tem criança de três meses, seis meses, que precisam estar tomando banho direto. A pessoa sai para trabalhar numa reciclagem, quando chega quer tomar um banho, não tem um pingo d’água”, relatou dona Maria.
As roupas, as louças e todos os afazeres domésticos acabam se acumulam, pois falta água para o básico. “Não devia fazer isso com os pobre, porque nós somos humanos. Água é vida, a gente não pode ficar sem água. Essa água tem que ser liberada pelo tempo todo”, ressaltou a moradora.
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O problema de falta d’água no Conjunto CEHAP é antigo e recorrente. O orgão responsável pela distribuição de água nos bairros é o Departamento de Água, Esgotos e Saneamento Ambiental de Sousa (DAESA), que foi criado em 2006 pelo ex-prefeito Salomão Gadelha, falecido em 2010, para fornecer água às comunidades carentes de Sousa, supostamente a preços menores do que a Cagepa (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba).
No entanto, é a Cagepa que realiza a capitação nos açudes e o tratamento da água. O DAESA fica responsável pela distribuição, mas a população reclama da prestação desse serviço e dos racionamentos executados pelo órgão municipal, que já acumula uma dívida milionária para a Cagepa e responde na Justiça a um processo para quitá-la.
Devido à constante falta d’água, os moradores precisam utilizar caixas d’ága e baldes para armazenar o máximo de água possível para utilizar nas necessidades básicas de higiene durante o restante da semana.
Na casa de Francisca Aparecida, outra moradora do bairro, a situação não é diferente. Com criança pequena, a dona de casa reclama que falta água para o básico.
“A gente necessita de água para tudo, para tomar banho nesse calorão que a gente está. Aqui tem criança pequena, a gente precisa tomar banho. Tem dia que você quer tomar banho e não toma porque não tem água. A água chega na sexta-feira, aí fica até o domingo de manhã. Do domingo de manhã, pronto, a água acaba e não tem dia certo para chegar”, ressaltou.
Ela faz um apelo para os orgãos responsáveis olharem com mais atenção para o problema recorrente de falta d’água na região. “A gente pede a compreensão deles para que fiquem soltando água para a gente sair desse aperreio, porque o calor é muito grande, aí a gente precisa estar tomando banho toda hora e a gente não tem, é complicado”, disse.
DIÁRIO DO SERTÃO
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