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VÍDEO: Pais e professores protestam contra retirada do Ensino Fundamental II do Manoel Mangueira em Cajazeiras

Os manifestantes foram até a Secretaria de Educação do município e levaram ao Ministério Público um documento onde pedem a continuidade das turmas do fundamental na escola para o ano letivo de 2024

Por Priscila Tavares

16/01/2024 às 17h30 • atualizado em 16/01/2024 às 17h32

Aconteceu na manhã desta terça-feira (16) em Cajazeiras, uma manifestação contra a retirada do Ensino Fundamental II do Colégio Manoel Mangueira.

Pais e professores se reuniram na frente da escola, caminharam até a Secretaria de Educação do Município para tentar uma reunião com a secretária de Educação, Socorro Delfino, e foram também ao Ministério Público de Cajazeiras com um documento pedindo a continuidade do fundamental no Manoel Mangueira para o ano letivo de 2024.

O repórter Elmo Lacerda acompanhou os manifestantes e conversou com a professora Vera Lúcia que, segundo ela, há espaço suficiente para as turmas do fundamental e que o protesto tem como obejtivo manter as 105 matriculas já realizadas para as turmas do 7º, 8º e 9º.

“O Ensino Fundamental está com três turmas, o médio está em torno de seis turmas, então ainda sobra salas de aula. Nós temos espaço, estrutura e temos um quadro de professores efetivos qualificados e a comunidade confia muito no Manoel Mangueira. Nós temos uma escola que tem quase 40 anos de existência, tem uma história, a comunidade tem um respeito e confiança muito grande, então, o que a gente quer é que esse respeito e essa confiança que a comunidade nos deu durante esses cinco anos de arribara, de lugares inóspitos para funcionar a escola, que hoje, que tem essa estrutura, que eles usufruam, pelo menos, por esse ano”, ressaltou a professora.

Pais e professores protestam contra retirada do Ensino Fundamental II do Manoel Mangueira em Cajazeiras (Foto: Elmo Lacerda/ TVDS)

Laurecy Pena Forte, professora e sindicalista representante do SINTEP (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba) cobra uma municipalização das turmas mais “humanizada”.

“Esse ato é uma resposta das famílias dos alunos, nos vários bairros próximos a escola Manoel Mangueira. Estou aqui em nome do SINTEP apoiando essa luta. O SINTEP apoia a luta, entende que a municipalização não pode ocorrer dessa forma desumanizada, tirando o direito dos alunos do Ensino Fundamental a ter acesso a sua escola. A escola hoje comporta todo o Ensino Médio e também o Ensino Fundamental”, disse a sindicalista.

Francisca Silva é mãe de aluno, disse que ‘não aceita que os filhos sejam tirados das escolas” e alega que as matrículas já foram feitas e que não há vagas em outras escolas do município perto de sua residência.

“Para mim é um absurdo, porque a escola já está reformada, os meninos passaram cinco anos esperando pela reforma da escola, as matrículas já foram feitas e de repente vieram dizer que nossos filhos não podiam mais estudar no Manoel Mangueira, ia ter que sair. Sendo que nas outras escolas não têm vagas e se tiver é muito pouca. Eu moro no Residencial Cajazeiras II, não tenho transporte, tem dia que não tem ônibus, muitas vezes meus filhos vieram a pé para a escola”, destacou.

Manifestantes são recebidos pela secretária de Educação de Cajazeiras (Foto: Elmo Lacerda/ TVDS)

A secretária de Educação, Socorro Delfino, recebeu os manifestantes na sede da Secretaria de Educação do município, mas não prestou entrevista a reportagem do Diário do Sertão, nem esclarecimentos sobre a manifestação. O espaço fica liberado, através do e-mail [email protected], caso a Secretaria de Educação de Cajazeiras deseje apresentar aos pais e professores as justificativas acerca da política de municipalização do Ensino Fundamental.

DIÁRIO DO SERTÃO

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