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VÍDEO: “Devemos nos orgulhar de quem somos”, destaca professor de Direito sobre Dia do Orgulho LGBTQIAPN+

Paulino Júnior destacou que o Brasil, ainda é o país que mais mata pessoas transexuais no mundo pelo 14º ano seguido e reforçou a importância da luta contra violência

Por Priscila Tavares

28/06/2023 às 17h07 • atualizado em 28/06/2023 às 17h39

Além do comemorar o São João, junho também é o mês do orgulho LGBTQIAPN+ e o professor de Direito Paulino Júnior falou sobre a importância da data e reafirmou a luta por direitos e respeito para a comunidade.

“É um mês de orgulho, da diversidade, é um mês de orgulho e de resistência, daqueles que sobreviveram à uma história de muitas lutas e de muitos enfretamentos”, disse.

Nesta quarta-feira, dia 28 de junho, é comemorando o dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ e o professor explicou que muitas pessoas da comunidade foram perseguidas, excluídas e torturadas e que apesar de todos os avanços e conquistas ainda há muito sofrimento e violência.

“As minorias sexuais, aquelas de sexualidade dissidentes ou fora desse padrão compulsório, heteronormativo, estabelecido socialmente sofreram durante séculos e ainda sofrem, com segregação, com preconceito e com informação de baixa qualidade. As vezes com informações que deturpam toda a lógica de um movimento, que é amplo, que é plural”, afirmou o professor.

O Brasil hoje realiza, em São Paulo, a maior Parada do Orgulho LGBT do mundo, mas o movimento teve seu início marcado pela rebelião de Stonewall em 1969, em Nova York nos Estados Unidos (EUA), como explica o professor.

“A gente precisa reafirmar os nossos direitos, a gente precisa ser vigilante com relação aos nossos direitos e liberdades e essa luta não é de agora, ela não é da internet, ela não é das tecnologias e de nenhum partido político, não se trata de pautas partidárias, mas estou falando de uma leva de movimentos que culminou lá em 1969 com a rebelião de Stonewall”, contou.

Durante sua participação, Paulino explicou que a palavra orgulho tem um grande significado para a comunidade que enfrentam diariamente vergonha e culpa por serem quem são. Ele também destacou que o Brasil, ainda é o país que mais mata pessoas transexuais no mundo pelo 14º ano seguido e que a comunidade LGBTQIAPN+ ainda sofre muito com a violência.

“No topo dessa pirâmide de violência, de opressão estão pessoas pretas, pobres, trans, pessoas que geralmente não tiveram acesso a letramento sexual, pessoas que talvez se quer conheçam os direitos que possuem e nós temos esse dever: usar o nosso privilégio em prol daquelas pessoas que infelizmente não tiveram as mesmas oportunidades que nós tivemos. Essa luta é coletiva, não deve ter uma cara só, deve ser plural, diversificada, assim como o próprio movimento é, assim como a sigla é e todos precisamos e devemos nos orgulhar de quem somos”, enfatizou o professor.

“Nós temos muitos motivos para nos orgulharmos. A luta não para, nós agradecemos aqueles que nos abriram caminhos, mas é preciso que a gente se una e consiga abrir outros caminhos, para uma geração inteira que está vindo aí e precisa lidar com essas questões com sabedoria, educação e responsabilidade”, completou Paulino.

DIÁRIO DO SERTÃO

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