VÍDEO: Engenheiro e ambientalista da Phytorestore traz soluções para despoluir o Açude Grande de Cajazeiras

Vitor Hugo é engenheiro e ambientalista da Phytorestore e, durante entrevista ao programa Diário News, falou sobre mudanças climáticas, transição geracional e trouxe possíveis soluções para despoluir o Açude Grande de Cajazeiras.

“Até pouco tempo atrás, essa questão do aumento da temperatura global, por muitos era tratado como um mito. Muito se falava sobre as emissões de gases na atmosfera e o que isso ia causar, mas demorou um pouco para a gente sentir isso, de fato, na pele”, disse.

Ele falou que hoje é possível observar o aumento das temperatura nos centros urbanos, chamados de ‘ilhas de calor’. Vitor Hugo apresentou dados que mostram, no estado do Goiás, o nível de humidade do ar em 7%, segundo ele, um registro que se assemelha a temperatura do deserto.

“Eu acredito que a medida que nós começamos a vivenciar essas questões, esse olhar para o meio ambiente começou a ficar mais evidente. Houve uma transição geracional. Chegou uma geração agora, que tem uma consciência ambiental muito maior, ela é educada para isso. A minha geração vivenciou um pouco dessa transição, mas a geração dos meus pais não teve isso. A geração dos meus filhos, eu já percebo, que isso é muito latente, está na natureza deles cuidar do meio ambiente”, destacou.

O engenheiro falou que ‘ainda dá tempo’ de cuidar do meio ambiente. Ele fez um levantamento da situação do Açude Grande de Cajazeiras e apontou a falta de saneamento básico como a principal fonte da contaminação de recursos hídricos.

Açude Grande, Cajazeiras (Foto: TVDS)

“Primeiro passo é investimento em saneamento básico. O saneamento básico deveria ser pensado, ou priorizado. A coleta do esgoto sanitário e o encaminhamento desse esgoto sanitário para estações de tratamento específicos. O investimento no saneamento básico na cidade de Cajazeiras, nós estamos atrelando a questão da segurança hídrica do local pela proteção desse manancial”, disse Vitor.

Ele informou que as plantas macrófitas que estão por toda parte no Açude Grande, nesta situação, são maléficas para o local. Segundo ele, elas se reproduzem de forma desordenada, retiram muitos nutrientes da água, não dando condições das algas promoverem seus processos naturais de fotossíntese, consumindo mais oxigênio e acelerando os processos de eutrofização do lago.

Vitor Hugo elencou algumas medidas que podem ser tomadas para recuperação do Açude, como a proteção das bordas, a reconstituição das matas ciliares, criação de parques multifuncionais e corredores verdes para promover a reconciliação urbana com o meio natural. Outra medida apontada pelo engenheiro seria os jardins filtrantes.

“Os jardins filtrantes se adequariam muito bem a essa situação num intuito de, devidamente estudados e posicionados, fazer a coleta dessa água, recircular essa água e remover os nutrientes na medida que seria necessário para promover a qualidade da água do açude”, enfatizou o engenheiro.

Serviço

A Phytorestore desenvolve projetos relacionados ao meio ambiente no Brasil e no mundo. Você pode acompanhar os trabalhos pelo instagram @phytorestorebrasil ou pelo site www.phytorestore.com.br.

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