VÍDEO: Neurocientista Fabiano de Abreu faz alerta sobre os efeitos devastadores das drogas K
Ele explica que inicialmente a droga foi criada como fármaco, mas foi modificada, potencializada e utilizada de forma errada
As novas drogas K, conhecida como “maconha sintética”, está sendo uma grande preocupação para saúde pública e toda sociedade brasileira. O neurocientista Fabiano de Abreu fez um alerta sobre os efeitos devastadores das drogas k e explicou como elas afetam os usuários.
“Apesar do nome, não possui a mesma estrutura molecular da maconha tradicional, que é a canabis sativa, a única semelhança é que acessam os mesmo receptores, CB1 e CB2 no cérebro. Os efeitos são muito mais danosos, prejudicam muito mais o cérebro”, destaca o especialista.
Durante entrevista para o programa Diário News, Fabiano explicou que inicialmente a droga foi criada como fármaco, mas foi modificada, potencializada e utilizada de forma errada.
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“Não só essas, mas como outras drogas, elas são desenvolvidas com base até mesmo em experimentos numa tentativa de curar doenças, só que elas acabam sendo utilizadas de maneira errada. A gente está dizendo de algo que foi criado para benefício, mas que é modificado e o uso é feito de maneira diferente”, disse.
Segundo o neurocientista, a nova droga atinge regiões muito importantes do cérebro, como do aprendizado, da tomada de decisões e relacionados à inteligência. Ela também afeta o hipocampo que tem relação com a memória prejudicando a capacidade de memorização. Fabiano destaca alguns dos efeitos das drogas K em seus usuários.
“Agitação, irritabilidade, problemas de concentração, confusão, alucinações, comportamentos violentos que sugere o apelido de ‘zumbi’, ataques do coração, pressão alta, ansiedade, problema de insônia, entre muitos outros, podendo levar a demência, inclusive, podendo levar a morte”, alertou.
Ele explica que é uma droga que vicia muito rápido e o melhor a fazer é não experimentar. Fabiano ressalto que as drogas K, diferente das outras drogas, se apresenta de forma mais agressiva causando danos muito mais difíceis de serem revertidos e fala que o uso, mesmo em curto prazo, pode levar ao estado vegetativo, a demência e até mesmo a morte.
“Uma pessoa que utiliza esse tipo de substância vai causar danos no cérebro e para ser revertido isso é muito complicado, não é fácil”, disse.
Para o especialista o uso das drogas está relacionado a diversos fatores que passam pela predisposição genética, educação, relações familiares, entre outros.
“Você tem diversos fatores que podem influenciar, entre eles o fator genético, a predisposição genética daquela pessoa, não apenas a condição do vício, mas a condição relacionada a transtornos mentais, relacionado a depressão. A gente tem o fator educação, esse distanciamento dos pais com os filhos. As influências na escola. A rede social, os danos da rede social são muito graves”, destacou.
“O melhor é prevenir, é não experimentar. Se sabe que é uma droga perigosa, você sabe o dano que causa, por que cometer esse suicídio antecipado?”, completou Fabiano de Abreu.
DIÁRIO DO SERTÃO
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