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VÍDEO: Professor de Direito fala da importância da representatividade dos povos originários dentro da política

Paulino destaca a questão de outras minorias como pretos, pardos, LGBTQIAPN+, mulheres, entre outros que precisam ser representados dentro do cenário político

Por Priscila Tavares

26/04/2023 às 11h12 • atualizado em 26/04/2023 às 14h53

O professor de Direito da Faculdade Católica da Paraíba, Paulino Júnior, em sua coluna semanal, Direitos e Deveres do Cidadão, explicou o porque da mudança na terminologia para povos indígenas e levantou questionamentos sobre a participação política dos povos originários ressaltando a importância da representação em cargos de poder.

Paulino falou que no mês de abril houve a reafirmação do dia dos povos originários do Brasil e explicou a mudança na terminologia.

“A gente historicamente sempre foi induzido ou ensinado a compreender a figura do índio como um ser folclórico, de uma única forma que estava relegado a um determinado papel de subalternidade, quando na verdade dentro desse povo tão rico, tão plural e ancestral existem muitas etnias, muitas pluralidades, atravessamentos, muita história que precisa ser considerada. Por isso, a alteração mediante lei para que a gente pudesse reafirmar, lá no dia 19, o dia dos povos indígenas, contemplando a sua pluralidade e a sua diversidade”, disse.

Durante sua participação, o professor questiona e traz como provocação a importância da representatividade e diversidade na política. “É preciso que a gente comece a pensar como é que a gente está contribuindo para manutenção dessas estruturas e de que maneira nós, enquanto povo, eleitorado, enquanto pessoas que participam desse processo democrático podemos também fazer uma frente para essa transformação”, destacou.

Além dos povos originário, Paulino destaca a questão de outras minorias como pretos, pardos, LGBTQIAPN+, mulheres, entre outros que precisam ser representados dentro do cenário político.

“É preciso que a gente olhe para essas representações e consiga enxergar diversidade, é preciso que a gente consiga compreender que dentro de um país com milhões de habitantes existem vários segmentos que precisam se sentir representados, e quando a gente observa que a estrutura do poder que a gente tem hoje ainda continua se mantendo branca, masculina, cis gênero, a gente, às vezes, tem menos chances de mudar a lógica natural das coisas”, ressaltou.

“Através da política a gente tem a oportunidade de acessar e efetivar outros direitos, saúde, educação, trabalho, moradia digna, mas somente através de uma representação potente, diversificada a gente conseguirá tocar em pontos que ainda são considerados sensíveis dentro de uma sociedade conservadora como a nossa”, destacou o professor.

DIÁRIO DO SERTÃO

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