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VÍDEO: Analista político diz que prefeito de Sousa fez ‘balcão de negócios’ para atrair vereadores ‘Sonrisal’

O analista fez uma avaliação das motivações que levaram à dissolução do "grupo dos nove" na Câmara de Sousa, que era formado por parlamentares que apoiaram a eleição do presidente Novinho de Carlão

Por Jocivan Pinheiro

01/03/2023 às 17h59 • atualizado em 01/03/2023 às 18h11

O analista político Thalles Gadelha avaliou os motivos que levaram à dissolução do “grupo dos nove” na Câmara de Vereadores de Sousa, que era formado por parlamentares que apoiaram a eleição do presidente Novinho de Carlão (PDT) em novembro de 2022.

Alguns vereadores romperam com o prefeito Fábio Tyrone (Cidadania) para apoiar Novinho. Porém, aquele grupo de oposição foi maioria na Câmara por apenas três meses, pois Radamés Estrela e Koloral Jr. (ambos do PDT) voltaram para o grupo do prefeito. Já a vereadora Bruna Veras (PSC) deixou a oposição pela primeira vez e aderiu a Fábio Tyrone.

Em entrevista para a TV Diário do Sertão, o analista político Thalles Gadelha diz que não contesta o direito de ir e vir dos vereadores, mas ele insinua que houve “implantação de balcão de negócios” (distribuição de cargos para familiares e aliados) para convencer os parlamentares a aderirem ao grupo do prefeito Fábio Tyrone.

Thalles compara aquele então grupo de oposição que era formado por nove vereadores a uma pastilha de Sonrisal, um popular antiácido que se dissolve rapidamente ao mergulhar em água. Ele diz que o prefeito Fábio Tyrone conseguiu “resgatar” os vereadores de volta para seu grupo cooptando eles.

“Estranhamente essa base foi se comparando ao Sonrisal, se dissolvendo, os parlamentares foram sendo resgatados, para fazer aqui uma comparação mais feudal, pelo ex-chefe de ambos, com o poder que cooptar que seduz, que exala o aroma que termina levando para perto de si ex-aliados, muitas vezes reconciliáveis”, comentou o analista.

Thalles Gadelha prevê que nas eleições de 2024 a população vai lembrar quais vereadores um dia trataram o prefeito como uma “figura autoritária adepta do coronelismo”, mas depois se aliaram a ele. “Eu acredito que o eleitor tenha essa capacidade de fazer as suas avaliações pessoais, as suas próprias análises para que possa, já em 2024, fazer uma escolha observando os fatos existentes durante o andamento do mandato de cada parlamentar”, afirma o analista.

“Esse processo de se cooptar, de trocar de posição de um minuto para outro, é muito estranho, é algo esdrúxulo e escracha a sociedade. Quem tem que observar é quem vai decidir, é o verdadeiro juiz, que é o povo nas eleições de 2024”, acrescenta.

DIÁRIO DO SERTÃO

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