VÍDEO: Infectologista explica a diferença entre HIV e AIDS e destaca importância do diagnóstico precoce
O "Dezembro Vermelho" é uma campanha nacional que tem o intuito de mobilizar atividades para o enfrentamento ao HIV/AIDS e às demais IST
Em pleno “Dezembro Vermelho”, o infectologista paulista Ricardo Kores, em entrevista para o programa Diário News, fala sobre HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), as formas de contrair a doença, a importância de um diagnóstico precoce e da eficácia do tratamento.
O Dezembro Vermelho é uma campanha nacional que tem o intuito de mobilizar atividades para o enfrentamento ao HIV/AIDS e às demais IST (Infecções Sexualmente Transmitidas), chamando a atenção para a prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas.
Na entrevista o especialista explica que o HIV é uma infecção como qualquer outra, mas quando não há um tratamento ela avança, torna-se mais grave e entra no estágio da AIDS.
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“Se a pessoa contrai o HIV e faz o tratamento correto com as medicações, com o acompanhamento do infectologista, ela está bem longe de desenvolver a AIDS. Ela está protegida”, explica o especialista.
Ricardo fala que o início da infecção muitas vezes é assintomático e ressalta que “O importante é fazer o diagnóstico mais rápido possível”. Com o tratamento corretor é possível viver uma vida normal e não ser um transmissor do vírus.
“Se a pessoa está fazendo o tratamento certinho ela fica indetectável. A quantidade de vírus no organismo é zerada com a medicação. Tomando diariamente certinho não vai estar transmitindo”, esclarece o especialista.
Sobre a contaminação o infectologista informa que a relação sexual é a principal forma de contrair a doença, mesmo se não houver ejaculação, devido a pequenas gotículas que são liberadas durante o ato sexual; o compartilhamento de agulhas [feitor por usuários de drogas] e ferimentos com objetos contaminados [geralmente em ambiente hospitalar] também são meios de contrair a infecção; pelo beijo as chances são muito baixas e apenas se houver ferimento no local; já a transmissão do HIV de mulheres grávidas para o seu bebê, Ricardo explica que se a mãe estiver em tratamento, a criança não nascerá infectada.
“As medicações são muito seguras e reduzem a carga viral a zero. Estando indetectável não vai transmitir para o bebê. Eu tenho muitas pacientes, mães, que vivem com HIV e que o filho nasceu sem o vírus, por causa do tratamento”, informa Ricardo.
É possível curar do HIV?
“A cura a gente ainda não tem. Mas esse tratamento que é feito, tomando remédio diariamente, a pessoa vive como qualquer outro. A expectativa de vida é a mesma”, explica Ricardo.
A cura ainda não existe, mas testes mais modernos conseguem detectar a infecção com até um ou dois meses do contagio, isso ajuda com o diagnóstico precoce e o início do tratamento mais rápido. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) tem disponível testes rápidos para a doença.
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