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VÍDEO EXCLUSIVO: Enfermeira fala do desafio de trabalhar na Ala Covid-19 do Hospital de Cajazeiras

Além do trabalho intenso, os profissionais de saúde tem que se desviar do emocional que muitas vezes fica abalado, devido os diversos casos difíceis que eles enfrentam diariamente.

Por Juliana Santos

14/05/2021 às 22h50 • atualizado em 14/05/2021 às 22h51

Na semana em que foi comemorado o Dia Mundial do Enfermeiro, a TV Diário do Sertão mostra com exclusividade, o drama vivido e os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros da Ala Covid-19 do Hospital Regional de Cajazeiras, que ficam diariamente a beira dos leitos de pacientes infectados pelo vírus.

O Hospital que é referência no atendimento da Covid-19 na região sertaneja, tem grande movimentação diária de internações, mas também de pessoas curadas da doença.

Em diversos momentos da pandemia causada pelo coronavírus, a unidade hospitalar teve seus leitos de enfermaria e Unidade de terapia Intensiva (UTI) lotados.

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A enfermeira e coordenadora de vagas internas, Erinalda Ramos trabalha no HRC há 19 anos, ela se interessou pela profissão por meio de uma amiga. Com voz trêmula falou como está sendo o trabalho dos profissionais na linha de frente. “Nossos plantões estão bem difíceis e bem movimentados, mas são gratificantes, pois nós nos doamos a cada paciente que a família não pode ter contato. Eu trato cada paciente como se fosse um membro da minha família, como eu queira que eu fosse tratada”, comentou.

Erinalda afirma que cada profissional, tem suas dificuldades e também sua especialidade, mas a cada vez que entram em um plantão eles se renovam e se enchem de esperança. “Nessa pandemia os plantões são cada dia mais difíceis e as vezes o emocional fica abalado e temos que pedir muito a Deus, pois tem um novo paciente que precisa de nós”, disse.

Erinalda Ramos trabalha no HRC há 19 anos. (Foto: Diário do Sertão)

A enfermeira, enfatiza que alguns dos piores momentos é cuidar de pessoas conhecidas pelos profissionais de saúde. “Nós temos que ter o emocional bem preparado, pois muitas vezes, nos deparamos com pessoas conhecidas e as vezes temos que esquecer que conhece a pessoa e devemos agir”, contou.

Embora esteja na ala Covid-19, Erinalda ainda não foi infectada pelo coronavírus, mas o fator psicológico é um grande desafio. “Durante a pandemia eu tive uma crise de ansiedade, mas nunca foi infectada pela Covid-19. No Rio Grande do Norte, onde trabalhei também na Ala Covid-19, passei por uma experiência bem difícil com uma bebê de seis meses e que os pais também estavam infectados foi bem difícil”, contou.

A chegada de ambulâncias no HRC é constante. (Foto: Diário do Sertão)

Mesmo no momento de crise, vemos demonstrações de fé na unidade hospitalar. Seja pela presença de um artefato religioso, uma imagem de um santo ou até pelas orações silenciosas. “Nós estamos percebendo o quanto é importante a fé e estamos vendo agora que pessoas que não acreditavam em Deus, passam a acreditar. Demonstrações de carinho e afeto que não tinham em casa e quando estão internados e fazemos vídeos chamada com os familiares vemos o amor que é transmitido”, frisou a profissional.

Profissionais e pacientes recorrem a fé para ajudar no dia a dia da Ala Covid-19. (Foto: Diário do Sertão)

Erinalda Ramos fez um apelo a toda população que utilizem o máscara, álcool 70% e continuem com o distanciamento social, pois a pandemia ainda não acabou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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