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VÍDEO: Ex-presidiários lutam por ressocialização na sociedade e novas oportunidades trabalho

Para o presidente do Instituto Recomeçar Leonardo Precioso, é preciso preparar as equipes de recursos humanos para tratar a recolocação de ex-presidiários, como adversidade, assim como outros temas como preconceito racial e de gênero são colocados.

Por Juliana Santos

03/12/2020 às 12h33 • atualizado em 03/12/2020 às 21h39

A ressocialização de ex-presidiários foi um dos temas debatido no programa Balanço Diário da TV Diário do Sertão, nessa quarta-feira (2). Entre os entrevistados estavam o advogado Cícero Alves e o presidente o Instituto Recomeçar que trabalha com a apoio moral e social de egressos do sistema penitenciário visando a reinserção no mercado de trabalho.

O presidente do Instituto Recomeçar Leonardo Precioso, falou sobre o trabalho desenvolvido pela ONG que trabalho com projetos focados no esporte e a na cultura para crianças e adolescentes, além de qualificação profissional para jovens e adultos. Principalmente voltado para ex-presidiário que precisam de oportunidades de trabalho. “Trabalhamos muito na moralização desse tema nas empresas, com desenvolvimento de gestores e equipes de recursos humanos”, disse.

Ainda de acordo com Leonardo, muitos empresários apostam nessa geração de oportunidades de mão de obras no egresso do sistema carcerário, mas como é algo novo as pessoas querem entender como funciona, pois de acordo com o ele, esse tema foi pouco debatido pela sociedade civil e nem no setor empresarial.

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O presidente do Recomeçar afirmou também que aos poucos, as empresas que estão investindo nessa ação social. “Quando falo de investimento, muitas das vezes não estamos falando de dinheiro, mas sim em empresas que investem nessa oportunidade”, comentou.

Para Leonardo, é preciso preparar as equipes de recursos humanos para tratar a recolocação de ex-presidiários, como adversidade, assim como outros temas como preconceito racial e de gênero são colocados. “Nosso instituto tem um trabalho de desenvolvimento de RHs para trazer uma nova visão sobre o egresso do sistema carcerário, que precisam trabalhar para se reintegrar na sociedade”, afirmou.

De acordo com o advogado Cícero Alves, a dificuldade de uma pessoa que saiu do sistema penitenciário conseguir um trabalho é devido também sua formação escolar e profissional. “Muitas pessoas são iletradas, outras não chegaram a concluir o ensino fundamental. Mas muitos presídios estão qualificando essas pessoas, que ao sair da prisão pode concorrer a um cargo com outros de mesmo grau de instrução”, disse.

Indagado sobre o possível retorno dos ex-presidiários ao mundo crime, mesmo havendo uma ressocialização e a oportunidade de trabalho, Leonardo Precioso detalhou dados de 2018 do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Instituto Recomeçar, que ele considera muito positivo. “A cada cem pessoas que passaram pelo instituto apenas 4% retornaram ao sistema carcerário, então enxergamos que os dados são mais positivos que negativos”, finalizou.

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