30% dos homens acham justo mulheres ocuparem menos cargos de chefia
O deputado federal Wilson Filho (PTB) defendeu a educação para combater o machismo e políticas públicas para promover a equidade.
As mulheres ainda recebem 30% a menos que os homens e caso os salários delas fossem equiparados aos dos homens, isso representaria uma injeção de R$ 461 bilhões na economia brasileira. Os dados são de uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e mostram ainda que três em cada dez homens (30%) acham justo, mulheres ocuparem menos cargos de chefia. O deputado federal Wilson Filho (PTB) defendeu a educação para combater o machismo e políticas públicas para promover a equidade.
“Os números mostram que ainda precisamos avançar muito no que se refere a igualdade entre os gêneros. Mesmo desempenhando as mesmas funções, as mulheres ganham menos. Não podemos mais admitir essa diferença, por isso, defendo medidas como as adotadas pela Islândia se tornou o primeiro país do mundo a criar uma lei que exige a igualdade de salários entre homens e mulheres”, disse.
Os dados do Instituto Locomotiva revelam que a renda média para um homem branco com curso superior alcança R$ 6.590, caindo para R$ 3.915 para a mulher branca na mesma condição. Já um homem negro com ensino superior ganha, em média, R$ 4.730, contra R$ 2.870 de uma mulher negra também com escolaridade superior. Os valores foram atualizados para outubro de 2016 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
“Oestudo também revela o machismo da nossa sociedade. Três em cada dez homens acham justo, mulheres ocuparem menos cargos de chefia, já que elas podem engravidar e sair de licença maternidade. E dois em cada 10 brasileiros acham constrangedor a mulher ganhar mais que um homem. Precisamos combater esse pensamento com educação e diminuir essa desigualdade com política pública”, defendeu.
Islândia -A lei islandesa passou a vigorar este ano e torna ilegal pagar salários mais altos a homens, entre funcionários que exerçam funções semelhantes. Pelas novas regras, todas as empresas privadas e agências governamentais que tenham mais de 25 funcionários passam a ser obrigadas a obter uma certificação oficial, junto ao governo, que comprove suas políticas de igualdade salarial entre homens e mulheres. A meta é eliminar a desigualdade de salários entre homens e mulheres até 2020.
Assessoria
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