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Delegacia da Mulher na Paraíba comemora 30 com sessão especial na Assembleia Legislativa

A sessão, de propositura da deputada Estela Bezerra (PSB), contou com a presença de autoridades e policiais civis.

Por Priscila Belmont

15/03/2017 às 09h53 • atualizado em 15/03/2017 às 10h56

A deputada Estela Bezerra justificou a homenagem falando das lutas enfrentadas pelas mulheres que durante muitos anos foram vítimas da violência.

Os 30 anos da implantação da 1ª Delegacia da Mulher na Paraíba foram comemorados durante uma sessão especial no Plenário José Mariz na Assembleia Legislativa do Estado. A sessão, de propositura da deputada Estela Bezerra (PSB), contou com a presença do secretario da Segurança e da Defesa Social, Cláudio Lima, do delegado Geral da Polícia Civil, João Alves Albuquerque, da coordenadora das Delegacias da Mulher, delegada Maisa Felix, além de outras autoridades e policiais civis.

A deputada Estela Bezerra justificou a homenagem falando das lutas enfrentadas pelas mulheres que durante muitos anos foram vítimas da violência porque a sociedade tratava esses crimes com negligência e até com naturalidade. “As Deams, Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher são o resultado de uma luta histórica das mulheres por igualdade de direitos e proteção, sendo a primeira política pública específica e jurídica ao enfrentamento da violência contra a mulher”, disse a deputada.

A primeira Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da Paraíba foi criada no ano de 1987, na cidade de João Pessoa, a terceira do Brasil. Hoje são 13 Deams, duas em João Pessoa, Picuí, Sousa, Cajazeiras, Campina Grande, Bayeux, Cabedelo, Guarabira, Santa Rita, Monteiro, Patos e Mamanguape, além de dois Núcleos de Atendimento à Mulher instalados nas cidades de Queimadas e Esperança. A equipe é formada por delegadas, agentes de investigação, escrivães e psicólogos, preparados para um atendimento humanizado as vítimas de violência.

Receber esta homenagem, segundo a delegada Maísa Felix, foi um momento de muita felicidade. “O reconhecimento da maior representação que é o Poder Legislativo a nossa instituição que há 30 anos vem lutando todos os dias incansavelmente para fortalecer as políticas públicas de combate a violência doméstica é muito importante. Isso só mostra que estamos no caminho certo e nos motiva ainda mais a continuar amparando estas vítimas que têm procurado a nossa delegacia. As mulheres hoje não se calam, elas acreditam nos programas que vêm sendo desenvolvidos para elas”, falou a coordenadora das Deams.

Três mulheres da Polícia Civil foram homenageadas durante a sessão especial da Assembleia Legislativa da Paraíba. As servidoras tiveram seus trabalhos reconhecidos pela atuação nessas unidades especializadas. A delegada Maísa Felix coordenadora das Deams recebeu da deputada estadual Estela Bezerra, uma placa alusiva aos 30 anos de criação da Delegacia da Mulher no Estado, um reconhecimento ao trabalho da equipe que só no ano de 2016 entre os meses janeiro a novembro realizou 9.736 atendimentos, instaurou 4.116 inquéritos relativos a violência domestica e 3.293 medidas protetivas.

O programa Mulher Protegida também foi destacado durante a sessão. “A Polícia Civil através das delegacias da mulher vem realizando um grande trabalho de combate à violência doméstica, inclusive a Paraíba foi um dos primeiros Estados do país a implantar o Programa Mulher Protegida, no qual a mulher recebe um celular que é uma linha direta com a polícia. Portanto, quando ela se sente ameaçada pelo agressor aciona a tecla vermelha e imediatamente os policiais vão até ela e adotam as providências necessárias. Um instrumento muito importante e que já salvou muitas vidas”, explicou o delegado geral da Polícia Civil João Alves.

O secretário da Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima também destacou a importância do trabalho desenvolvido nas Delegacias da Mulher do nosso Estado. Ele lembrou que os resultados do emprenho das equipes são traduzidos na diminuição de homicídios contra mulheres na Paraíba. Em 2011, foram registrados 146 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) tendo mulheres como vítimas e em 2016 foram 97. “Isto é o resultado de um trabalho coletivo que ganhou ainda mais força com a criação de uma coordenação que deu uma unidade ao atendimento às mulheres vítimas de violência. Isso aumentou também a confiança das pessoas que precisam desses atendimentos”, concluiu Cláudio Lima.

Secom

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