Sertanejo morre atropelado em oficina mecânica e família cobra esclarecimentos da Polícia
Até essa sexta-feira (30), ninguém foi ouvido pelo delegado Nilson Alcântara, responsável pela abertura do inquérito, apuração dos fatos e oitiva das testemunhas.
Somente uma semana após a morte do paraibano, natural de Patos, Sidney Marques Leite, ocorrido no interior de uma oficina, na cidade de São Miguel dos Campos (AL), no último dia 20, a família conseguiu registrar o Boletim de Ocorrência na 6ª Delegacia Regional de Polícia daquele município. Até essa sexta-feira (30), ninguém foi ouvido pelo delegado Nilson Alcântara, responsável pela abertura do inquérito, apuração dos fatos e oitiva das testemunhas. Como a investigação é sigilosa, o nome do culpado pelo acidente não pode ser revelado.
Quem registrou o BO foi o filho mais velho da vítima, o advogado Pedro Rodrigues Neto, no último dia 27. Segundo ele, a família clama por esclarecimentos e Justiça. “Um fato desta gravidade, uma morte assim, tão banal, que levou embora um pai de família, uma pessoa de bem, que no momento do acontecido estava trabalhando, no interior de uma loja, não pode ficar impune e precisa ser esclarecida. Os responsáveis terão que responder civil e criminalmente pelo fato. Não queremos briga, nem tão pouco vingança. Meu pai era um humanista, pregava a paz. Queremos apenas Justiça e isso não cabe a família, mas sim, às autoridades policiais e judiciárias”, disse Pedro Neto.
Segundo informações colhidas na Delegacia, o vendedor que estava com Sidney no momento do acidente, o Sr. Jadson da Silva Oliveira, o que foi encontrar Sidney na UPA de São Miguel, Pedro Luiz de Farias, onde ele recebeu os primeiros atendimentos, o dono da loja Joel Auto Peças onde aconteceu à tragédia, o mecânico que dirigia o carro causador do atropelamento, além do proprietário do referido veículo, um XSara Picasso, de placa DRB 5247, serão chamados para depor. “Não sabemos as datas das oitivas das testemunhas, mas acreditamos que as providências cabíveis serão tomadas”, afirma Pedro Neto.
Entenda o caso
Sidney, que era gerente da Mônaco Distribuidora, e responsável pelos mercados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, encontrava-se no interior da loja Joel Auto Peças, no dia 20 de setembro, por volta das 11h, na companhia de seu vendedor, anotando pedidos, quando o mecânico perdeu o controle desse XSara Picasso, que estava sendo consertado na referida oficina mecânica, bateu em Sidney imprensando-o e, de raspão, em seu companheiro de trabalho. O vendedor teve apenas ferimentos leves, pois pela posição que estava foi pouco atingido pelo veículo desgovernado.
Ney, como era mais conhecida à vítima, devido ao impacto da batida, que lhe pegou em cheio, foi encaminhado a UPA da cidade, em estado grave, quase uma hora após o ocorrido, por uma ambulância do SAMU. Na UPA, ele recebeu os primeiros atendimentos, teve duas paradas cardíacas, foi ressuscitado, mas em seguida entrou em coma. Por volta das 16h30, devido a gravidade do caso, Sidney foi transferido de helicóptero para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, onde faleceu pouco tempo depois.
O laudo do IML de Maceió, onde foi feita a autopsia na quarta-feira (21), deu como causa da morte perfuração do baço e comprometimento de outros órgãos internos ocasionados por causa do impacto do veículo contra a vítima, que permaneceu imprensada entre o carro e o balcão da loja por vários minutos, além de constatar fraturas diversas nas pernas, costelas e bacia.
Paraibano de Patos, Ney tinha apenas 52 anos e deixou viúva a professora Kalina Ligia de Moura, e cinco filhos, Pedro Neto, Alan e Letícia, do primeiro casamento, além de Ligia e Anelise, menores de idade, do segundo casamento. O sepultamento de Ney aconteceu na manhã da última quinta-feira (22), no Parque das Acácias, em João Pessoa (PB), cidade onde ele morava.
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