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Renato Abrantes

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Volte para Deus

18/02/2010 às 00h00

Por Padre Renato

Quando nos afastamos da pessoa amada, a ausência chega a doer. Este tipo de dor, que também chamamos de “saudade”, só pode ser amenizada com um remédio: o retorno aos braços daquele que é destinatário deste sentimento tão bonito.

Assim, o retorno à família, quando passamos uma temporada longe dela, é algo que sossega o coração. O retorno ao esposo e à esposa, o retorno do filho e da filha que há tempos não eram vistos também traz a tranqüilidade e a certeza da presença.

O pecado nos afasta de Deus; o arrependimento faz com que retornemos aos seus braços de Pai amoroso.

Na última Quarta-Feira iniciamos no mundo católico o tempo da Quaresma, considerado, na espiritualidade cristã, momento privilegiado para a reflexão a respeito daquele distanciamento acima citado. Deus é uma Pessoa, somos seus filhos e irmãos, e dEle, por causa dos nossos pecados, podemos nos distanciar.

Deus sente saudade de nós, pois nos ama profunda e verdadeiramente. O amor de Deus é puro e sincero. Quando cometemos algo que não O agrada ou que desagrada o nosso próximo (pois ninguém pode dizer que ama a Deus, sem que ama seu semelhante), nos afastamos da fonte da vida, que é o que Deus sente por nós.

Podemos viver sem muita coisa, mas, uma das coisas sem a qual não conseguiremos existir é Deus. Afastar-se dEle é cometer uma espécie de suicídio espiritual; aproximar-se dEle é buscar reviver.

Para um eficaz retorno, eis o convite da Santa Igreja à penitência, ao jejum e à oração, como meios de fortalecimento espiritual (e também material) da caminhada de volta. Neste sentido, é proposta pela Igreja no Brasil, a Campanha da Fraternidade, neste ano, com o tema específico da caridade, uma vez que “não se pode servir a Deus e ao dinheiro”.

Na dinâmica do retorno ao Pai, no abraço dado nos irmãos, como estamos nos servindo dos bens materiais, particularmente o dinheiro? Este, fruto do nosso trabalho, é “deus” para nós, ou somente uma criatura, que, como tal, também me ajuda a chegar a “Deus”?

O dinheiro está sendo um auxílio para a minha salvação ou para a minha perdição eterna?


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Renato Abrantes

Renato Abrantes

Advogado (OAB/CE 27.159) Procurador Institucional da Faculdade Católica Rainha do Sertão (Quixadá/CE)

Contato: [email protected]

Renato Abrantes

Renato Abrantes

Advogado (OAB/CE 27.159) Procurador Institucional da Faculdade Católica Rainha do Sertão (Quixadá/CE)

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