Universidade Federal do Sertão ou de Cajazeiras?

UFCG da cidade de Cajazeiras

Por José Antonio – Há 4.986 dias que o Gazeta vem publicando, em sua primeira página, uma contagem do inicio da luta de Cajazeiras para a criação de uma Universidade e dentro de duas semanas fecharemos 5.000 dias.

É um sonho que vem sendo lembrado e relembrado toda semana desde o ano de 2009, a partir de uma primeira reunião na Câmara Municipal de Cajazeiras e dela participaram várias pessoas da sociedade civil organizada, políticos e o reitor Thompson Mariz.

Em seguida, uma Comissão de Estudo de Viabilidade Técnica de Criação da Universidade Federal do Sertão, foi criada e uma empresa, sob a presidência do ex-reitor Lynaldo Cavalcanti, foi contratada pela UFCG, sob o reitorado de Thompson Mariz, para elaborar um projeto técnico, em 09 setembro de 2009, e logo depois foi realizado um encontro onde foram apresentados os dados disponíveis, principalmente sobre a população e a localização dos quatro municípios que sediavam os campi da UFCG: Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras.

Em 17/09/2009, os 15 prefeitos filiados à AMASP, se reuniam, sob a presidência do prefeito de então, Léo Abreu, e ficou aprovado que a entidade iria defender esta idéia com muita firmeza, por entender que a sua criação teria uma importância fundamental para o desenvolvimento econômico e social de Cajazeiras e do Sertão.

A partir de então, começou uma “luta” para uma definição aonde seria instalada a sede da universidade, que não deveria ter conotação político-partidária e muito menos uma queda-de-braço entre as cidades, começou a “estragar” o movimento em defesa da criação de uma universidade no sertão da Paraíba.

Defendo que a nossa cidade retome, principalmente, agora no governo do presidente Lula, a luta para a criação de mais uma universidade na Paraíba e que esta luta seja especifica de CAJAZEIRAS e não de todo o sertão.

Esta luta deve se espelhar no que foi discutido na Audiência Pública, realizada em 30 novembro de 2013, no Campestre Clube de Cajazeiras, quando das comemorações dos 10 anos de fundação da Associação dos Cajazeirenses e Cajazeirados do Ceará e dos 150 anos de Emancipação Política de Cajazeiras, uma promoção da AC3.

A luta continuou, mas só em 31 de agosto de 2016, o governo federal publicou no Diário Oficial da União, uma portaria, autorizando a implantação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba (UFSPB), unindo os campi de Sousa, Patos, Pombal e Cajazeiras, que teria inicio em 2017 e foram destinados recursos da ordem de 300 milhões de reais para sua implantação.

A sede ficaria em Patos, para atender um pedido do então deputado federal Hugo Mota. Houve uma grande reação da comunidade acadêmica e do povo de Cajazeiras e uma nova “luta” foi iniciada para que a sede ficasse em Cajazeiras, por ter estrutura melhor que Patos e Sousa.

Desde então, a luta acabou perdendo forças e ainda hoje tramitam no Congresso Nacional dois projetos a respeito da criação desta universidade para o sertão.

Para que não haja mais disputa entre as cidades, estou a defender que devemos retomar a luta com um novo nome: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAJAZEIRAS. Não é possível que Patos, Pombal ou Sousa queiram sediar uma universidade com  este título.

A Paraíba já deveria ter outra universidade. Vale lembrar que das 55 existentes no Brasil, só Minas Gerais tem 11. As universidades por estarem em diversas regiões do estado utilizam projetos de e extensão como ferramentas para desenvolver questões específicas de seus territórios. Só iremos sair deste ambiente de miséria quando a os mandatários desta rica nação entender que só conquistaremos vitórias sociais através da educação.

Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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