União: Zé Aldemir, Jeová e Ricardo Coutinho no mesmo palanque
Caiu como uma bomba nas estruturas políticas dos grupos de situação e oposição em Cajazeiras. A informação repassada por mim nesta coluna de que o deputado estadual José Aldemir Meireles (PEN) estaria voltando a se aliar ao governador Ricardo Coutinho (PSB) e receberia o apoio deste na sua campanha para prefeito da “Terra do Padre Rolim”. A informação não é oficial. Aliados de José Aldemir e o próprio deputado negam. Mas as fontes nas quais fui buscar o ‘furo’ são extremamente confiáveis.
É claro que neste momento, negar essa possível e surpreendente aliança é mera estratégia política. Mas eu repito, convicto: José Aldemir sabe que as negociações entre seus interlocutores e o governador estão acontecendo, e estariam sendo mediadas pelo deputado estadual Jeová Campos (PSB).
Existe, na verdade, duas propostas: a primeira delas – defendida pelos aliados de Aldemir – é que o deputado mantenha sua pré-candidatura a prefeito e o governador indicaria o candidato a vice. A segunda proposta vem dos aliados do governador. Seria uma candidatura nova e o nome do advogado e atual presidente da OAB Cajazeiras, João de Deus Quirino Filho é o mais comentado nas reuniões, pois goza de bom trânsito entre José Aldemir e Jeová Campos.
Caso essa segunda se concretize, Aldemir continuaria na Assembleia, mas agora sendo aliado do Governo do Estado. Desta forma, ele poderia ajudar com mais suporte os municípios da sua região e ainda ganharia exclusividade no apoio à sua reeleição para deputado em 2018, já que Jeová seria candidato a federal.
E quanto à prefeita Denise Albuquerque? Ela não é aliada do governador? Sim. Mas nos últimos meses é visível o distanciamento entre Ricardo e a gestão municipal. E esse distanciamento ainda tem a ver com o fato de o atual vice-prefeito Junior Araújo (PDT) ser eleitor do arquirrival do governador, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
Esse problema só aumentou quando a empresa de Junior perdeu a licitação do serviço de hemodiálise no Hospital Regional de Cajazeiras e, chateado, chamou Ricardo de perseguidor em uma postagem no Facebook. O governador respondeu da seguinte forma: “Quis me oferecer apoio ao Senado etc, achando que iria lotear o Estado como era antes. Não persegui ninguém. Tanto é que ele foi até o final do contrato. Se eu fosse perseguir, teria tirado em 2014, ou não?. Fizemos uma licitação, também, como deve ser.”
O mal estar se agravou ainda mais quando o ex-prefeito Carlos Antônio (DEM) foi solidário ao vice-prefeito: “Amigo Jr., estamos juntos no sucesso e no insucesso. Vamos colocar nossos olhos voltados para um novo horizonte. Estamos decididos e juntos para enfrentar todas as adversidades e saberemos com sabedoria nos sobrepor às dificuldades.”
De lá para cá, Ricardo Coutinho tem deixado claro que não aceita o nome de Júnior como candidato a vice na chapa de Denise nas eleições deste ano. Carlos Antônio, por sua vez, dispara: “Não vamos resolver apenas no grito, nem na imposição”. Esse comentário teria sido a gota d’água para o possível racha que estaria por vir.
Outro fato que reforça ainda mais a possível união de José Aldemir com o governador é que o deputado não aceitou assumir a liderança da oposição na Assembleia. Eis um forte indicativo!
O fato, amigos, é que Ricardo Coutinho tem sido um bom governador para Cajazeiras, tanto que comumente é elogiado pelos vereadores da situação e da oposição. Portanto, rachar com o grupo de Denise talvez não seja tão prejudicial para ele politicamente falando. Esperemos, pois o “inverno” está chegando.
Para pensar:
“A mudança é a lei da vida. Aqueles que olham apenas para o passado ou para o presente serão esquecidos no futuro.”
John F. Kennedy
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