Um viva à Popularidade
Há 23 anos morre o “Rei do Baião” e o Nordeste parou. Parou?… O Nordeste nasceu em identidade cultural.
“Foi o primeiro músico a assumir a nordestinidade. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85. Seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia, mesmo se vestindo como nordestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Era a representação da alma de um povo… era a alma do Nordeste cantando sua história… E ele fez isso com simplicidade e dignidade.” Tatiana Rocha
No dia 13 de Dezembro deste ano Luiz Gonzaga do Nascimento completaria 100 anos de existência; foram 77 de luta a desbravar caminhos para a musicalidade de uma região ainda discriminada.
Desde que a escola de samba Unidos da Tijuca, em fevereiro, resolveu usar Luiz Gonzaga como enredo, que inclusive lhe deu o título de campeã carioca ("O dia em que toda a realeza desembarcou na avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão"), que não se fala em outra coisa a não ser em homenagear Luiz Gonzaga. Aí está uma ideia que vem dando certo, pelo menos neste ano centenário, afinal quando a ideia é boa, é bem vinda, é proveitosa quando não oportunista.
Festas juninas, ‘Os 100 anos de Gonzagão’, lógico que nenhum nordestino ficaria contra a tal iniciativa, o intrigante é insistir em imaginar o velho Luiz vivo hoje, na maravilha de seus 100 anos, cansado, sanfona também aposentada, hum… Como seria? Não custa instigar ao questionamento, se de fato 13 de Dezembro de 2012 seria o dia em que toda a realeza coroaria o Rei Luiz do Sertão. Quem bom seria se assim fosse. E Viva a Popularidade e a diversidade Cultural!
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