Um sonho (im)possível?
Por Reudesman Lopes
Após a conclusão do lançamento do livro, História do Futebol de Cajazeiras, ao iniciar um processo de organização de tudo aquilo que conseguimos em nossa pesquisa para a escrita deste, percebemos que ali estava um rico e histórico acervo, não apenas do futebol da terra do Padre Rolim, mas, também, da história da nossa própria cidade.
Foi neste momento que entendi está com um museu em minha residência, isso pela riqueza do acervo em fotografias, documentos, taças e troféus, camisas de clubes amadores, profissionais e outras peças. Maravilhado pelo que acabara de juntar, falei que o meu sonho como cajazeirense de ver a minha cidade reconstruir, depois de décadas, um museu, esse sonho poderia se tornar uma realidade e, Deus, conhecedor de tudo que está em nosso coração havia me escolhido para essa missão.
A alegria era tamanha que queria gritar para Cajazeiras e para o mundo inteiro que a cidade que “ensinou a Paraíba ler”, agora voltaria a ter um museu e desta vez o Museu do Futebol de Cajazeiras. Me contive, falei apenas para a esposa Edinilza e os filhos, Maíra, Maitê e Marcel, encantados ficaram com o que acabara de tomar conhecimento.
Em agosto de 2018 começamos a mostrar através de uma exposição que marcava os 70 anos de fundação do Atlético Cajazeirense de Desportos, uma parte daquilo que tínhamos para apresentar ao povo de Cajazeiras e aos demais interessados em conhecer e entender essa gloriosa história de uma memória viva.
Como cajazeirense, autêntico como sempre me coloco, fico muito feliz em entregar após tamanha luta feita de muita dedicação, empenho e comprometimento, um museu, o Museu do Futebol de Cajazeiras. Mas, será que Cajazeiras, a terra da cultura quer mesmo este museu? Vamos continuar desprezando tamanha riqueza em memória e história como tem acontecido até este momento?
O futebol desta terra, todos os seus dirigentes, jogadores, estão a merecer um tratamento do tamanho de suas histórias por parte de todos os seus conterrâneos. Passados quatro anos a sensação que temos é que o Museu do Futebol de Cajazeiras não faz parte das prioridades da terra da cultura, tanto é que ele está passando a ser um “museu itinerante”, escondido em nossa residência, pois a cidade não lhe oferece uma morada e tão pouco quer entender a grandiosidade da sua representação histórica e cultural para a terra do Padre Rolim.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário