Um clarinete nas mãos no lugar de uma pistola
Um violino nas mãos no lugar de um revolver
Um saxofone nas mãos no lugar de um cachimbo de craque
O governador Ricardo Coutinho, quando da realização da Plenária do Orçamento Democrático, realizada em Cajazeiras, no último mês de maio, voltou a assegurar que a nossa cidade seria contemplada com o PRIMA – Programa de Inclusão Através da Música, que tem um grande alcance social, que visa o “ensino da cidadania por intermédio da musica orquestral, atendendo a jovens da rede pública de ensino”.
Para que este programa seja desenvolvido é preciso que haja uma adesão do município e em cada polo de ensino os alunos passam a ter a oportunidade de aprender instrumentais orquestrais e participar “em grupos que variam entre orquestras jovens e infantis até bandas e corais” e este programa tem também como objetivo o envolvimento das famílias dos jovens atendidos.
Este programa já vem sendo desenvolvido, com êxito, em alguns municípios da Paraíba e no caso de Cajazeiras os primeiros passos já foram dados: desde o mês de maio que o estado, via secretaria de cultura, postou na internet, que já estavam a nossa disposição 110 (cento e dez) instrumentos musicais.
No mês de julho, a prefeita da cidade de Cajazeiras, Denise Albuquerque, esteve na Secretaria de Estado da Cultura em reunião com o Gerente de Promoção Cultural, Milton Dornellas, e o maestro da OSPB e coordenador do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (PRIMA), Alex Klein.
Nesta reunião foi discutida a realização da seleção dos professores e o local de funcionamento, que vai ser onde era o Centro de Ensino Supletivo, na Avenida Comandante Vital de Sousa Rolim.
Vale registrar que serão contratados oito monitores, cujos currículos já estão prontos, sendo quatro da responsabilidade do estado e quatro por parte do município.
Os instrumentos já deveriam estar em Cajazeiras, mas precisa recuperar e adequar o local às exigências técnicas, dentre elas a climatização do ambiente, para que os mesmos permanecem afinados, mas está faltando um documento para que o município, que ficou responsável por este serviço, possa intervir no prédio que pertence ao estado.
Como neste país a burocracia tem sido um dos fatores que emperra e impede que as coisas funcionem, este documento, que é da responsabilidade do setor competente da Secretaria de Cultura tem demorado demais para ficar pronto. Um fato que lamentamos, mas que também não podemos cruzar os braços e esperar que ele seja ainda mais protelado: precisamos cobrar, cobrar e cobrar, para que possamos dar inicio a este importante projeto de inclusão social em nossa cidade.
A cidade de Cabedelo, onde o projeto já foi implantado, em 2012, os frutos já começaram a ser colhidos e o nosso que já poderia estar atendendo a 120 alunos e revelando talentos, depende de um simples documento, onde deve exprimir e dizer que o estado e a prefeitura de Cajazeiras querem substituir revolveres, pistolas, cachimbos de craque, papelotes de cocaína e maconha por instrumentos musicais, por partituras, por convívio social, por uma profissão, por lazer sadio e principalmente por cidadania.
O governador cumpriu o que prometeu, mas está faltando agora mais empenho de seus auxiliares e mais cobrança das autoridades de Cajazeiras na resolução dos pequenos problemas que vem atrapalhando o bom andamento do projeto.
A instalação do PRIMA, poderá contribuir para que no futuro possamos ter uma grande orquestra sinfônica em nosso município. É indiscutível e inquestionável o interesse de nossos jovens no setor musical, basta ver os muitos exemplos já existentes na cidade, que precisam e devem ser multiplicados.
Chuva de Bala no país de Cajazeiras
Um audacioso projeto, do brilhante advogado Irapuan Sobral, que pretende torná-lo realidade ainda este ano, em Cajazeiras, nas comemorações do nosso sesquicentenário, que é a encenação teatral, pelas ruas da cidade, da Invasão de Sabino a Cajazeiras, uma das epopeias cajazeirense. O texto está sendo “afinado”, os perfis dos atores será decidido em breve bem como qual as ruas onde serão montados os cenários. Esta encenação poderá ganhar uma dimensão igual ao da cidade de Mossoró, que encena todos os anos o grandioso espetáculo: “Chuva de Bala no País de Mossoró”.
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