A saúde e o agravamento da crise
Por José Anchieta
O assunto é recorrente, e não poderia ser diferente, porque o quadro vem se agravando a cada dia, expondo uma realidade das mais preocupantes. São crianças morrendo, mães desesperadas responsabilizando hospitais e profissionais, dirigentes de unidades hospitalares reconhecendo as dificuldades e culpando as unidades básicas, e a população clamando por assistência de qualidade, que é um direito de todos.
Esse é o quadro da saúde local e regional, que tem gerado uma onda de insatisfação e inquietação muito grande na cidade e na região, principalmente depois do aumento assustador dos casos de dengue, chikungunya e zica, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, além do registro de suspeitas cada vez mais crescentes do surgimento da gripe H1N1.
O mosquito da dengue parece mesmo que invadiu a cidade do Padre Rolim, e assim, tem feito muitas vítimas, aproveitando-se, é claro, da ausência de medidas governamentais preventivas e do convívio tolerante da própria população. Faltou, no tempo certo, uma ação forte para exterminá-lo, evitando a sua convivência e reprodução nos terrenos baldios e nos depósitos de água descobertos. Agora, depois de tudo, depois que a cidade de Cajazeiras vive a maior epidemia da história, fica difícil ou quase impossível um combate mais eficaz.
Pois bem, a cidade vive esse drama, com muita gente se queixando dos sintomas dessas e outras enfermidades, e as denúncias contra a nossa rede de saúde pública são as mais preocupantes, expondo os crônicos e graves problemas.
Até quando vamos continuar com essa situação? A população cajazeirense e sertaneja, principalmente o segmento que não dispõe de condições para procurar atendimento privado, vai continuar sofrendo muito, o que é profundamente lamentável.
Chuvas e abastecimento
A cidade de Cajazeiras registrou, este ano, um inverno acima da média, com as chuvas atingindo, até agora, mais de 900 milímetros. Mas, a recarga do açude Engenheiro Avidos foi muito pequena, e o abastecimento de Cajazeiras continua com problemas. O reservatório está com apenas 8,1% de sua capacidade de reserva, o que significa pouco mais de 20 milhões de metros cúbicos.
Chuvas e abastecimento II
Com pouca água em Engenheiro Avidos, a cidade continua sofrendo com a falta d’água, porque a Cagepa é obrigada a racionar e fazer manobras, deixando as partes altas mais prejudicadas. Assim, a cidade precisa se mobilizar para cobrar com mais força agilidade na construção da adutora que vai trazer água de Lagoa do Arroz para a zona norte. Lagoa do Arroz, inclusive, teve uma recarga mais significativa, e está com 21,3% de sua capacidade de reserva, o que representa um volume superior a 17 milhões de metros cúbicos.
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