Ruídos no PSB e suas implicações

Coluna de Fernando Caldeira

Sinceramente, não creio que os desentendimentos havidos no PSB paraibano cheguem ao rompimento entre o ex e o atual governador. E por um motivo muito simples: ambos têm muito a perder política e administrativamente!

Logo, a eles não interessa o desenlace nascido há anos quando Ricardo Coutinho ainda era Prefeito da capital. De lá pra cá, onde Ricardo foi, levou João. Primeiro como Secretário e agora como Governador! Pode até ser que desse episódio fiquem marcas, mas além disso não creio.

Ricardo tem um lastro eleitoral que interessa ao partido e ao governo estadual. João tem o comando da máquina que interessa ao partido e portanto à Ricardo. Romper então pra que? Por que? Divergências existem para serem superadas.

Mas caso eu esteja errado em minha avaliação, preparem-se, porque “vai ser um sururu danado”!

Como assim? Ora, estamos entrando num ano eleitoral (2020) em que serão renovados prefeitos e vereadores dos 223 municípios do Estado. E daí? E daí que é nessa eleição municipal que os políticos que disputam outros cargos atuam para depois receberem o apoio dos que foram por eles apoiados, eleitos ou não.

Um rompimento de Ricardo com João ou de João com Ricardo, como queiram, terá conseqüências enormes, a começar pela desidratação do PSB e crescimento de outras legendas. E quem está no PSB e deseja disputar a eleição vindoura, fica ou sai com um rompimento?

Vamos municipalizar o papo: havendo rompimento, no que não acredito, repito, o deputado Jeová Campos continuará na legenda? A secretária executiva Denise Oliveira continuará no partido? Marcos Barros e Alysson Américo ficam ou saem do PSB? Quem acompanha Ricardo Coutinho? Quem vai com João Azevêdo? São definições que serão impostas pelo novo cenário político nascido de um eventual rompimento.

Definições essas que levarão em consideração cargos nos municípios, cargos no Estado, apoios políticos de lideranças, apoios políticos de vereadores, e uma série de outras variáveis. Variáveis que não raro definem uma eleição. Eleições que, não raro, definem o futuro Governador! Os futuros Senadores, Deputados, e assim por diante.

Compreendem agora? A engrenagem da roda pequena é que movimenta a roda grande. Se aquela sofre trancos, solavancos e rupturas, pode alterar significativamente o giro da roda grande.

Resumidamente: a política de 2020, que depende diretamente do quadro partidário que vai se apresentar, é a que vai determinar, em grande parte, a política de 2022. Prefeitos, vereadores, deputados, senadores e governador. Os cargos se interligam politicamente porque politicamente são definidos.
Eles sabem disso e não são kamicazes!

TI TI TI`S
*Estudo feito por pesquisadores da Universidade de Oklahoma aponta que a Amazônia foi desmatada em 400 mil km² , mais do que o dobro do que foi registrado pelo Inpe e que Jair Bolsonaro disse ser mentira;

*Nem tudo está perdido: a tarifa de energia elétrica para os consumidores da Paraíba vai ficar em média 4,27% vai barata a partir do dia 28 de agosto;
*João Azevêdo anunciou ao dep. Jeová que vai asfaltar a estrada de Boqueirão de Piranhas;

*“A gestão de Zé Aldemir tá de melé solto e pode se constituir na melhor em todos os tempos”; avaliação de um popular cajazeirense em telefonema à coluna;

*Deputado Jeová diz uma coisa em JP e seu irmão Marcos Campos faz outra em CZ. Se não for combinado, a viola tá desafinada;

*Neste domingo tem DEBATES POPULARES no Trem das Onze!

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Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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