Ricardo Coutinho e o choque de gestão
As medidas apresentadas pelo governador Ricardo Coutinho para moralizar o Estado e se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal tem despertado criticas dos parlamentares mais conservadores, principalmente aqueles ligados ao ex-governador José Maranhão – responsável por quebrar o Estado – que eram acostumados com as grandes e suculentas tetas do governo. Para dar um pouco de credibilidade ao discurso, esses deputados e deputadas encontraram um subterfúgio e agora passam a defender a forma ilegal como muitos funcionários permaneciam no governo.
O choque de gestão também está trazendo mudanças na cultura política do Estado e incomodando os setores mais conservadores, que viam e ainda vêem o Estado como um balcão de regalias e gratificações. Os tempos mudaram, e torço pra que assim continue. Romper com um padrão de gestão anacrônico e carcomido não é fácil, ainda mais quando o último governo foi ao limite da imoralidade, acostumando assim, diversos parlamentares que possuem um apetite demasiado.
Seria menos desgastante lotear o governo e distribuir cargos comissionados com partidos e deputados; calar a boca de uma dúzia de jornalistas ávidos por novas cifras; "acariciar" donos de meios de comunicação e criar uma campanha publicitária pra dizer que o governo está indo bem. Mas e o povo? Seria beneficiado com o quê? Com nada! Uma política assim não coloca o povo como prioridade. Em nada ajudaria no desenvolvimento da Paraíba. Mas é isso o que muito político almeja.
Mas o medo do “novo” tem um motivo. É preciso lembrar que uma Paraíba pobre, subserviente e atrasada beneficia melhor os planos de manutenção do poder desses parlamentares conservadores. Ora, um deputado que possui centenas de cargos comissionados num Estado pobre e miserável faz disso uma moeda eleitoral poderosa.
Defender o choque de gestão corajosamente implantado por Ricardo Coutinho é fazer com que o dinheiro do contribuinte não seja roubado por funcionários fantasmas, filhos de pessoas influentes que moram no exterior ou parentes de pessoas que já passaram dessa pra melhor (assim espero), mas que recebiam salários mensais.
É esse mesmo choque de gestão que vai beneficiar os mais de 3 milhões de paraibanos – cidadãos comuns – que não vivem da máquina pública, mas pagam seus impostos e merecem um serviço público de qualidade. E não apenas alguns milhares de funcionários, que perderam gratificações irregulares e culpam o atual governo, mesmo sabendo que a real culpa vem dos governos de outrora.
Nenhuma revolução é pacífica, muito menos a que estamos vivendo agora na Paraíba. Inverdades, calúnias e sabotagem estão apenas começando, mas tenho certeza que o “novo” vencerá o “velho” e iniciaremos um modelo de gestão diferente e ousado. Uma gestão Republicana.
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