Preguiça
Aii… que preguiça!! Às vezes repetimos essa frase em alguns momentos do dia-a-dia, mas será que realmente sabemos o real significado dessa palavra?
A preguiça física é a recusa pelo trabalho, ou seja, qualquer atividade que retire o preguiçoso do ócio dá-lhe repugnância.
Já a preguiça mental é a lentidão dos pensamentos e na tomada de decisões, por aversão à agilidade de raciocínio.
Ambas as formas são causadas por espíritos rebeldes que não aceitam as condições e provas a que devem submeter-se.
O preguiçoso geralmente se acostuma à desocupação do dia-a-dia, e só deseja métodos e estilos de vida que lhe proporcionem uma tranquilidade tanto no agir quanto no pensar.
Tal desvio de conduta pode tornar-se um vício desde que o ser humano encontre no mesmo um hábito.
De vez em quando, nós encarnados encontramos na preguiça uma escapatória das tribulações do cotidiano. O grande mal é torná-la rotina da existência material.
A preguiça também alia-se ao egoísmo, pois o preguiçoso preocupa-se muito mais consigo mesmo e seu bem-estar do que com o próximo. A família e outros que dele dependem passam por sérios problemas, enquanto o desocupado se acostuma em ser como é.
É preguiçoso desde aquele que não quer trabalhar para sustentar os seus ou estudar, até aquele que não consegue organizar o seu tempo para dar conta de tudo que tem para fazer. Neste aspecto está inserido a preguiça mental.
Todos nós possuímos obrigações. Adultos mais, adolescentes e crianças menos. Identificar a preguiça é fácil, pois basta verificar quem cumpre todas as suas atividades de forma organizada. O difícil é combatê-la desde cedo.
É importante que desde cedo os pais eduquem as crianças aconselhando-as acerca da importância dos trabalho e dos estudos para a vida, o que poderá reformar a combater a má tendência.
Para combater a preguiça é necessário dedicação, força de vontade e desejo de luta.
Reforma íntima
O único caminho viável é através da reforma íntima. Somente compreendendo a importância do trabalho e do exercício do raciocínio, aceitando-os como atividades necessárias para o corpo e o Espírito, é que poderá haver combate à preguiça.
NÃO É SOMENTE REPULSA PELO TRABALHO
Além de egoísta, o preguiçoso é individualista, sob alguns aspectos. Pode o encarnado que se isola ser um trabalhador exemplar, mas a sua preguiça está concentrada em não ter paciência, nem vontade de conviver com os seus semelhantes. Não deixa de ser fruto da preguiça, a falta de gosto pela integração familiar, pois que a convivência exige e demanda trabalho espiritual de paciência, atenção, zelo, solidariedade e outras virtudes, que, ao preguiçoso parecem insustentáveis.
A preguiça não deve afetar a fé, porque se isso ocorrer poderá tornar-se muito difícil reverter o ócio pela reforma íntima. Esta pressupõe ao menos a fé para que haja, em seguida, o fortalecimento da vontade.
Já o comodista é um egoísta e pode ser um preguiçoso, que pretendendo garantir o seu bem-estar a qualquer custo, poderá cultivar o ócio como uma de suas fontes de prazer.
PARA LIBERTAR-NOS
A preguiça conserva a cabeça desocupada e as mãos ociosas.
A cabeça desocupada e as mãos ociosas encontram desordem.
A desordem cai no tempo sem disciplina.
O tempo sem disciplina vai para a invigilância.
A invigilância patrocina a conversação sem proveito.
A conversação sem proveito entretece as sombras da cegueira de espírito.
A cegueira de espírito promove o desequilíbrio.
O desequilíbrio atrai o orgulho.
O orgulho atrai a vaidade
A vaidade atrai a preguiça.
Como é fácil perceber, a preguiça é suscetível de desencadear todos os males, qual a treva que é capaz de induzir a todos os erros.
Compreendamos assim, que obsessão, loucura, pessimismo, delinquência ou enfermidade podem aparecer por autênticas fecundações da ociosidade, intoxicando a mente e arruinando a vida.
E reconheçamos, de igual modo, que o primeiro passo para libertar-nos da inércia será sempre: trabalhar.
Do livro Coragem
Pelo Espírito Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
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