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Francisco Inácio Pita

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Poluição no Rio Piranhas e ação zero dos governantes

25/04/2011 às 13h21

O Rio Piranhas está sendo poluído constantemente e ninguém toma providencias, o grau de poluição aumenta a cada dia, se as autoridades não agirem com ações concretas, a contaminação vai aumentar em sua totalidade e atingir totalmente o açude de Boqueirão em um futuro breve. Veja o fato.

Atualmente toda a rede de esgoto gerada na cidade de São José de Piranhas é lançada nas águas do Rio Piranhas que consequentemente leva ao açude de Boqueirão. Não está afetando totalmente a cidade, mas de forma indireta parte da área urbana vem sendo atingida, principalmente as residências próximas do riacho da Cagepa que atualmente é o receptor da maioria dos esgotos de uma parte da cidade. Podemos observar que em algumas áreas as residências ficam a menos de 40 metros da margem do riacho.

Os detritos contaminados e gerados nas residências, nas casas de saúde, e outras atividades estão sendo levados através dos esgotos e passam em correntezas misturados com água, seguindo até o Rio Piranhas e direcionando para as águas do açude de Boqueirão. Durante o período chuvoso, momento em que o Rio está pereno, estes detritos poluídos caem direto no açude de Boqueirão. A rede de esgoto de uma cidade afeta sempre os vizinhos de baixo, mas no caso de São José de Piranhas a coisa muda, poderá se agravar muito mais e prejudicar totalmente o açude de Boqueirão, onde 75 % de suas águas que tem uma grande serventia fica no município de São José de Piranhas sem levar em conta a importância para Cajazeiras, Marizópolis, Sousa e toda a vasta região polarizada por estes municípios.

Como a tendência é aumentar a contaminação no Açude de Boqueirão, as cidades de Cajazeiras, Marizópolis, Sousa, sítios, fazendas e sues distritos serão afetados diretamente, por que atualmente recebem todo a água para o consumo do açude de Boqueirão. Deste modo, as Prefeituras, os governos Estadual e Federal, outras autoridades e órgãos de defesa do meio ambiente da nossa região, devem se mobilizar para resolver a crítica situação.

Você pode indagar, nós das cidades abaixa do Açude de Boqueirão estamos bebendo água poluída? Quem sabe! Há uma grande possibilidade de não está consumindo água poluída totalmente, por que existe o tratamento da água de consumo pela Cagepa nas cidades de Cajazeiras, Marizópolis e Sousa, a população urbana destas cidades tem um risco quase Zero de contaminação, mas as ribeirinhas estão correndo um grande risco, principalmente quem mora as margens do Rio Piranhas e do Açude de Boqueirão.

Temos que lembrar aqui que os investimentos em tratamento de esgoto e preservação da água têm um alto valor, sem contar que precisa direcionar uma verba para a manutenção do projeto, mas não podemos deixar que um grande manancial de água como o açude de Boqueirão aumente o seu grau de contaminação por descuido ou falta de competência da maioria das nossas autoridades governamentais. A situação atualmente do Açude de Boqueirão, é semelhante a uma pessoa que tem uma doença contagiosa ou mesmo um câncer que só se manifesta quando está quase que totalmente fora de controle ou quando não tem mais jeito. Estou alertando por que sou formado em Biologia e entendo que a situação é muito critica, mas infelizmente ninguém toma nenhuma atitude concreta sobre o assunto. Como colunista de alguns sites solicito dos colegas das Rádios: Difusora Radio Cajazeiras, Radio Alto Piranhas, Radio Oeste da Paraíba, Radio Patamute FM e Radio Arapuam FM que programem um debate sobre este assunto. Já publiquei quatro artigos nos últimos três anos e enviei e-mail para diversos políticos como: senadores, deputados, vice-governador, mas até agora não ví nenhum resultado. Vejo que o Açude de Boqueirão pode ser contaminado mesmo que não seja em um futuro breve, mas se não cuidar logo, poderá ser tarde demais. “É bem melhor prevenir do que remediar”.

Desencadear uma verba com controle e muita fiscalização seria o ideal, se alguém tem idéia melhor me envie. Tal montante de dinheiro seria usado para a construção de um sistema de proteção, quem sabe uma lagoa de estabilização e tratamento de esgoto instalado na cidade de São Jose de Piranhas, por que é o ponto inicial do problema, talvez seria a melhor solução. Essa verba deve ser levantada junta ao Banco Mundial ou ao Governo Federal. A ação conjunta e coordenada por um órgão de defesa do meio ambiente ou através de um Consórcio Nacional. Esta é apenas uma idéia, mas quem sabe, talvez exista ainda outra forma melhor, temos que debater para evitar maiores erros.

Com o aumento da população urbana da cidade de São José de Piranhas aumenta também a rede de esgotos na cidade, uma grande preocupação, principal no mundo ecológico. Esgoto doméstico e outros poderão causar a morte ou poluí totalmente os rios.

O crescimento da população humana e sua concentração nas cidades geram graves impactos ambientais. As prefeituras precisam se prevenir para enfrentar tais situações. Um dos maiores problemas consiste na construção de muitas residências e aumenta a quantidade de esgoto doméstico, rico em matéria orgânica, que são lançados nos rios, provoca a morte dos peixes e de outros organismos e poluindo as cidades em suas margens. O que elimina os peixes não é tanto a presença de substâncias químicas tóxicas que muitas vezes são quase inexistentes nos esgotos domésticos, mas a falta de oxigênio, consumido pelos pequenos organismos decompositores (fungos e bactérias) que se alimentam da matéria orgânica biodegradável.

O efeito dessa forma de poluição depende da relação entre o volume de esgoto lançado e o tamanho do rio; como também do grau de reação natural do rio. Quando este tem muitas quedas dágua e corredeiras, a mistura do oxigênio do ar com a água é maior, facilitando a recuperação do oxigênio perdido. Processo artificial, como injeção de ar no rio por bombas ou agitação mecânica, ajuda também a oxigenar a água, mas é um dos processos que requer um alto custo financeiro e manutenção constante, para retirar as impurezas lançadas da rede de esgotos.

As autoridades governamentais de nossa região, a imprensa local escrita e falada, outros meios como: o Lions Clube, Rotary clube, maçonaria, associações e fundações comunitárias, associações de bairros etc. devem se unir sem levar em consideração a posição política de cada um e ligação partidária. O trabalho deve ser apolítico. Os representantes diretos de nossa região na Assembléia Legislativa da Paraíba como os deputados José Aldemir e Antonio Vitoriano de Abreu devem se irmanar em prol de uma solução deste grave problema de natureza ambiental, a salvação do Açude de Boqueirão é de suma importância para todos.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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