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Francisco Cartaxo

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Petrobras, espuma eleitoral e o traque

27/06/2022 às 18h08

Coluna de Francisco Frassales Cartaxo

Por Francisco Frassales Cartaxo

A Petrobras está na vitrine, mas agora o juiz Sérgio Moro não protagoniza sua cruzada anticorrupção, aliás, desmoralizada no vaivém das tramas, trocadas pelo oportunismo político, que o levou ao ministério da Justiça. Deu no que deu. O sonho de ser presidente da República não resistiu sequer à filiação partidária. Assim, ele vai terminar em Maringá! Mudaram o status da Petrobras. Querem transformá-la em causa da inflação, espantalho de políticos no poder. De empresa falida no propinoduto, agora, é acusada de lucro excessivo à custa do sofrimento do povo, na fala irresponsável de Arthur Lira, referindo-se ao excepcional balanço financeiro da estatal.

Pura espuma eleitoral.

Espuma eleitoral para esconder o fantasma, já desenhado, que brotará das urnas em dois de outubro. Daí porque o presidente da República e seus devotos se lançam com ferocidade contra as urnas eletrônicas, uma experiência brasileira, aperfeiçoada a cada pleito, sob o olhar dos países democráticos do mundo. Que querem? Toldar o ambiente de desconfianças, a fim de lançar nefastas redes autoritárias.

Um pouco de história faz bem.

A Petrobras nasceu numa época em que sisudos homens de gravata juravam não existir petróleo no Brasil. Tá lembrado de Monteiro Lobato? Acusado, perseguido e preso! E não foi ele só. A campanha o petróleo é nosso ganhou as ruas, o povo debaixo de cassetetes. Militares nacionalistas, preocupados com a entrega aos trustes internacionais de um bem estratégico para nossa autonomia, apoiaram a iniciativa. Até a velha UDN, liberal, moralista e frequentadora de quartéis, deu aval a Getúlio Vargas para a aprovação da Lei 2.004, de 3 de outubro de 1953.

Um tiro no alvo.

Sob saraivada de previsões pessimistas, a Petrobras formou técnicos e foi cavando poço, aqui e acolá, Brasil adentro. Cada jorro do óleo era uma festa patriótica. Acumulou expertise ao longo dos anos, até a ousada ofensiva de extração do óleo no fundo do mar. Ah, não tem viabilidade, diziam. O derrotismo teleguiado errou de novo. Venceu a tecnologia desenvolvida no Brasil. E foi graças a essa perseverança que hoje pouco dependemos do petróleo alheio e exibimos a pujante Petrobras, patrimônio e orgulho do povo brasileiro.

O desastre é ter quatro presidentes da Petrobras em três anos e meio de governo! Já não basta tamanha instabilidade? Agora, querem uma espumante CPI da Petrobras. Já ouço o tiro feito traque de São João…

Presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Cartaxo

Francisco Cartaxo

Francisco Sales Cartaxo Rolim (Frassales). Cajazeirense. Cronista. Escritor.
Trabalhou na Sudene e no BNB. Foi secretário do Planejamento da Paraíba,
secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco. Primeiro presidente da
Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Membro efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano. Autor dos livros: Política nos Currais; Do
bico de pena à urna eletrônica; Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras
no cerco ao padre Cícero; Morticínio eleitoral em Cajazeiras e outros
escritos.

Contato: [email protected]

Francisco Cartaxo

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Francisco Sales Cartaxo Rolim (Frassales). Cajazeirense. Cronista. Escritor.
Trabalhou na Sudene e no BNB. Foi secretário do Planejamento da Paraíba,
secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco. Primeiro presidente da
Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Membro efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano. Autor dos livros: Política nos Currais; Do
bico de pena à urna eletrônica; Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras
no cerco ao padre Cícero; Morticínio eleitoral em Cajazeiras e outros
escritos.

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