Pesquisa: análise fria
Por Fernado Caldeira
Os astros e os números não mentem jamais, diz o adágio popular. Depende! Nos astros ninguém mexe, já nos números…!
Bem, mas, tomemos por verdadeiros os números das pesquisas Vox Populi publicadas na Paraíba.
A primeira coisa a registrar é que entre as pesquisas Vox Populi/ Band e Vox Populi/ Correio, ambas recentíssimas, a diferença pró-Maranhão caiu quatro pontos percentuais. O que, numa leitura superficial, autoriza a afirmação de que Maranhão cai e Ricardo cresce na corrida sucessória.
Se for levado em conta que Ricardo teve que renunciar ao cargo de prefeito de João Pessoa e não mais ostenta a autoridade de antes, o que de certa forma lhe afastou dos holofotes e microfones da imprensa, enquanto Maranhão permanece governador com todas as suas prerrogativas e, assim, recebendo os generosos espaços dados aos que detém o poder, os resultados dessa última pesquisa e a queda na diferença entre um e outro pré-candidato, diria, são preocupantes para o Palácio da Redenção. É como se Maranhão estivesse pilotando uma Ferrari e Ricardo um Fusca, e o peemedebista não conseguisse se distanciar do socialista.
Além disso, atendo-nos aos números do confronto direto entre um e outro na pesquisa Vox Populi/Band, (Maranhão 43% e Ricardo 39%), vê-se que apenas 4 pontos percentuais os separam. Se a isso adicionarmos o fato de que a margem de erro da pesquisa é de 3,7% para mais ou para menos, não será ilógico afirmar que podemos estar diante de um empate técnico, cenário tenebroso para quem tem a máquina do governo e as verbas publicitárias em suas mãos.
Se adicionarmos ainda o fato de que 11% dos entrevistados se mostraram indecisos, e que no índice de rejeição Maranhão tem 10% a mais que Ricardo, é de supor-se que a maioria dos indecisos devem se decidir por este último, vez que é o que tem menos rejeição.
Num cenário desses é difícil dizer quem vai ganhar ou quem está na frente.
Mas uma coisa é certa: não é esta a situação eleitoral que Maranhão gostaria de estar vivendo.
S O L T A S
– A legislação que permite que um governador candidato a reeleição permaneça no cargo com todas as prerrogativas, e que impõe a um prefeito que pleiteie disputar a governança o afastamento do cargo é lei, só não é justa.
– Efraim Morais (DEM), Wilson Santiago (PMDB) e Vital Filho (PMDB). A briga é grande pela segunda vaga ao Senado. A primeira já tem dono: Cássio Cunha Lima!
– O prefeito Léo Abreu (PSB) instalou esta semana o Conselho Municipal Antidrogas de Cajazeiras. Um grande passo. Mas as ações de combate ao uso e tráfico precisam continuar.
– Neste sábado, Elaine Cristina e Antônio Gerbasi contraem núpcias em João Pessoa. Ela filha do casal cajazeirense José Augusto e Lúcia Lins, e ele filho de Gustavo Adolfo e Wálbia Gerbasi. Os noivos recebem os convidados na Vila Cândido, na capital.
– Dia 28 o deputado Jeová Campos (PT) realiza, em ambiente fechado, encontro político de seus correligionários e apoiadores, em Cajazeiras. Dizem que vai ser festa de arromba!
– Neste domingo (23) o prefeito Léo Abreu será o entrevistado do prog. Trem das Onze (www.fernandocaldeira.com.br)
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