Perdendo investimentos
Perdendo investimentos – Por José Anchieta
As revelações feitas pelo professor José Antonio de Albuquerque, em artigo da edição passada do Gazeta, sobre o processo de homologação do aeroporto regional de Cajazeiras, mostram, claramente, um caminho ainda de muitos obstáculos a ser percorrido para realização desse antigo sonho dos cajazeirenses e sertanejos.
Segundo destacou, a cidade do Padre Rolim ainda não está incluída no Programa de Aviação regional, criado em 2012, com o objetivo de conectar o Brasil e levar desenvolvimento e serviços sociais a lugares distantes dos grandes centros. Para isso, serão investidos mais de sete bilhões na construção e reforma de 270 aeroportos em vários estados, inclusive na nossa Paraíba. O investimento, segundo se informa, é oriundo do Fundo Nacional da Aviação Civil, e será feito diretamente pelo governo federal, sem repasse para estados e municípios.
Na Paraíba, apenas dois aeroportos do interior, nas cidades de Patos e Monteiro, estão aptos a receber os recursos. As informações são de que o aeroporto de Patos deverá receber um grande investimento para obras de reforma e modernização, o que deverá credenciá-lo para receber as tão desejadas linhas comerciais.
Pois bem, enquanto a cidade de Patos avança nesse importante setor da aviação civil, com a perspectiva real de conquista dos voos regionais, Cajazeiras continua com seu aeroporto funcionando na clandestinidade, e terá que vencer ainda muitas etapas para concretizar o processo de homologação junto à ANAC.
Com uma das melhores pistas de pouso e decolagem do Estado, medindo 1.600 metros de comprimento por 30 de largura, o aeroporto regional de Cajazeiras é o resultado de uma luta de vários anos da classe empresarial e dos diversos segmentos da sociedade, que sonham com o seu pleno funcionamento, inclusive para receber as linhas regionais, cuja política de interiorização vem avançando muito, contemplando vários estados do Nordeste brasileiro.
O aeroporto de Cajazeiras permanece fora, portanto, desse importante programa, e a cidade perde investimentos. As linhas comerciais, que representam perspectiva real de atração de novos empreendimentos, ficam cada vez mais distantes.
Avanço das doenças
A cidade de Cajazeiras enfrenta, atualmente, um quadro dos mais difíceis na área de saúde. Grande parte da população vem sendo acometida de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, notadamente dengue e zica vírus. Os hospitais e a UPA têm registrado, ultimamente, um elevado número de pessoas buscando atendimento. Além da dengue e do zica, há muitos registros também de diarréia, atingindo, principalmente crianças e idosos.
Avanço das doenças II
As reclamações são mais frequentes da zona leste da cidade (Vila Nova, Jardim Oásis e Cristo Rei), e a população reclama muito de reservatórios abertos e de terrenos baldios, que servem de criadouros do mosquito e outros insetos. Espera-se uma posição mais eficaz das autoridades, sem esquecer que o calazar também continua sendo uma ameaça à saúde da população.
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