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Radomécio Leite

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Paixão e amor, ódio e traição

31/12/2009 às 18h26

Por José Antonio

Um velho amigo, portador de uma sabedoria imensa, a quem sempre recorro para beber lições em sua inesgotável fonte, disse-me recentemente que o voto mais seguro é o do ódio. E me explicava: quando um eleitor diz: eu não voto em fulano porque tenho um verdadeiro ódio a ele, já é a certeza de que o seu adversário é o escolhido para ganhar o seu voto e sem perigo de reversão.
Isto é muito comum em cidades, digamos, do porte de Cajazeiras, onde a política partidária é exercida de maneira mais forte e mais vibrante, aonde vizinhos, parentes e amigos fraternos chegam a se intrigar antes, durante e depois da rinha eleitoral.

Quem tem a felicidade de não se envolver na campanha e ficar como simples observador está constatando um fato inusitado e deveras estranho na cidade de Cajazeiras. Depois de proclamado o resultado das urnas da eleição de prefeito, poucos eleitores, mas pouquíssimos mesmos “desceram do palanque”. Observa-se um divisor de águas nunca visto na história política de nosso município. A campanha continua vivíssima.

Nos bares, nas esquinas, nas bocas malditas, em reuniões de família, em festas de casamento, de batizado, de noivado e aniversário tem sempre um grupinho se deleitando com as fofocas, futricas, intrigas e traições do mundo político de Cajazeiras.

No momento o comentário maior é em torno de quem vai trair quem. Os nomes dos quem vão trair e ser traído vão passando de boca em boca, isto faltando ainda dez meses e meio para que os brasileiros escolham os seus futuros representantes para a Assembléia Legislativa e Congresso Nacional, o presidente e o seu governador.
Ninguém consegue fazer uma “amarração” política e as dúvidas levam sempre a possíveis fissuras nos dois principais grupos políticos, liderados por Carlos Antonio, hoje na oposição e Léo Abreu na situação. Que alianças serão formadas, em que palanques subirão as nossas lideranças? Quem terá a grandeza e o desprendimento de estender a mão para a concórdia e a união?

Este ano político termina indefinido, mas nenhum eleitor deixou de ter, na sua essência, um pouco de paixão, de amor e ódio e sempre desejoso de temperar a política com uma boa dose de traição que é o ingrediente mais gostoso da política.

Convite
Recebi do Senhor João Claudino um honroso convite para participar de sua tradicional Festa de Confraternização, na cidade de Teresina, no dia 9 de janeiro. O convite veio em rima e transcrevo:
Amigo José Antonio
Ilustríssima Antonieta
Relíquias do patrimônio
Do nosso jornal Gazeta
Irmãos do Grupo Claudino
Nobre casal nordestino
Pessoas hospitaleiras
Neste convite que faço
Transmito o mais puro abraço
A vocês de Cajazeiras.

Estamos reconfirmando
Aquele telefonema
E felizes lhes aguardando
Pra ouvir verso e poema
De doze bons cantadores
Sábios improvisadores
Alunos da natureza
Que com seus vocabulários
Saudarão os funcionários
E os amigos da empresa

Venham pra ouvir a trova
No verso que nos consola
De Ivanildo Vila Nova
Edmilson e Zé Viola
E as românticas poesias
Do nosso Sebastião Dias
Que faz verso a olho nu
Repentista baluarte
E a revelação da arte
Zecarlos do Pajeú

Em meio às estrofes tantas
De mais uma dupla boa
De Patos: Jomaci Dantas
De Recife: Antonio Lisboa
Sebastião, Moacir
Geraldo Amâncio, Valdir
E Raimundo Caetano
Este grupo do repente
Irá cantar para a gente
O nascer de um ano novo.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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