Os rumos da sucessão em Cajazeiras

Em meio ao grave momento político e econômico nacional, marcado por sucessivas crises que repercutem na vida da população, os municípios já vivem o clima das eleições municipais de 02 de outubro. E a movimentação partidária que, normalmente, acontece neste período pré-eleitoral vai gerando encaminhamentos claros para as futuras definições.

Em Cajazeiras, por exemplo, já há alguns sinais claros sobre os rumos da sucessão para a acomodação das forças políticas que deverão protagonizar a disputa. A menos de dois meses para as convenções que vão homologar composições partidárias e candidaturas, já se pode observar um quadro de definição dividido entre as pré-candidaturas postas até o momento. De um lado, os partidos aliados da prefeita Denise Oliveira, do outro, os oposicionistas com o deputado José Aldemir, e o PSOL até agora sem parceria, com o sapateiro Antonio Gobira.

A acomodação que se registra mostra que, dificilmente, haverá mudanças significativas no atual contexto, porque os principais partidos estão se posicionando de forma muita determinada, seguindo um histórico de embates muito definido na política cajazeirense. O PT é o único que ainda não anunciou sua decisão, porque tem uma prática de discutir de forma mais aprofundada com a militância, o que deverá acontecer ainda este mês, ou no mais tardar, no início de julho.

Mas, apesar dessa indefinição petista, há quem aposte nos bastidores numa composição com os partidos que formam a base de apoio do deputado José Aldemir, PMDB, PP, PC do B, PPS, Rede e PSD, entre outros. Nessa hipótese, a mais admitida, inclusive, pelos líderes petistas, o partido da presidente Dilma escolhe o caminho mais coerente em nível municipal, que é o alinhamento com as forças que sempre estiveram em lado oposto ao atual esquema governista.

Historiando os fatos, nas três últimas eleições municipais, o PT cajazeirense esteve coligado com o atual grupo de oposição. Foi assim em 2004 e 2008, com a candidatura de Léo Abreu, e em 2012, com a candidatura de Carlos Rafael. Portanto, parece ser esse, novamente, o caminho natural do partido, apesar das dificuldades surgidas em nível nacional depois do processo de impeachment da presidente petista.

Para alguns observadores, o que mais vai nortear as definições partidárias para as eleições deste ano é a discussão no âmbito do município. A eleição é municipal e, portanto, são as grandes questões e os desafios municipais que deverão vir à tona nos debates eleitorais. As restrições feitas em torno de algumas legendas em nível nacional deverão ser superadas pelas particularidades locais. É o que se prever.

Preocupação na saúde
Cajazeiras ocupou espaços negativos, novamente, esta semana, na área de saúde, com a revelação de novos casos de tuberculose, uma doença que vem atingindo detentos do Presídio Regional e moradores de bairros periféricos. A sociedade cajazeirense tem manifestado preocupação.

Insegurança
A onda de assaltos registrada, ultimamente, em Cajazeiras, tem sido outra inquietação da sociedade. Muitas pessoas têm sido vítimas de assaltos em várias partes da cidade, inclusive no centro, o que tem gerado muita insegurança.

Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.

José Anchieta

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB.

Contato: [email protected]