Os novos tempos negros

Coluna de Saulo Péricles - Na foto: Elon Musk - reprodução/Pixabay

Por Saulo Péricles Brocos Pires Ferreira – Leitores meus. Ainda na década de 90, eu li e acreditei num livro de um escritor nipo-americano chamado Francis Fukuyama, chamado “O fim da História e o último homem”, em que o professor afirmava que com a queda do sistema de “socialismo” (na verdade era um capitalismo de Estado) da União Soviética havia acabado, o mundo caminharia, reproduzindo  o escrito do autor: como “aquelas diligências do velho oeste, que aos poucos se reuniriam para prosseguir a viagem”. Ledo engano que acabou no dia 11 de setembro. O mundo continuou e continua a ter suas diversidades, algumas delas longe de serem resolvidas. Nossas democracias, tanto as europeias (um estado da Alemanha hoje é governado por um partido neonazista), a Itália, a Hungria, os países muçulmanos e mais um monte de países não se enquadram nessa visão simplista e por demais otimista, que já foi reconhecido até pelo próprio autor.

Então o que vem a seguir: um burlesco circo de horrores em que assume faces cada vez mais assustadoras, e se as democracias da Europa têm que se organizar para barrar, não sei por quanto tempo; a direita Xenófoba e exclusivista, na nossa América Latina e nossas Jovens democracias se jogam uma coisa muito mais pesada e suja. A pretexto de se alicerçar na liberdade de opinião, se criam as mais bizarras notícias e as inverdades mais debochadas para inviabilizar os governos legitimamente eleitos. No Brasil, a coisa se tornou um verdadeiro campo de batalha, em que as armas foram substituídas por verdadeiros arsenais cibernéticos. Nossa democracia sobreviveu por causa de que primeiramente por causa de que o golpe pretendido não teve a receptividade da comunidade internacional, depois, por causa de que a maior parte das forças armadas não aderiu a essa insanidade. E as eleições, comandadas pelo maior líder político que nosso país já formou desde a redemocratização, conseguiu fazer uma aliança de tão grande espectro, que ia da extrema esquerda até a direita moderada, que conseguiu fazer com que nosso candidato a ditador perdesse a sonhada reeleição, apesar de gastar uma enorme fortuna dos cofres da união para, literalmente, comprar votos.

Depois da posse, veio a tentativa de invasão de todos os prédios públicos de Brasília. E em vez de o Presidente usar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que daria forças para a intervenção militar federal, preferiu dispersar com as forças do Estado e da Defesa dos prédios púbicos, que como os invasores foram rechaçados, os quartéis Não intervieram.

Agora, apesar de o país apresentar uma inegável prova de que todas as teorias da direita golpista estavam erradas, e tem um crescimento econômico reconhecido em todo o mundo, vem um milionário estrangeiro usar de meios ilegais para testar nosso judiciário, que vem sendo o guardião de nossa democracia, com a ajuda de parte do Legislativo e dos maus perdedores de sempre.

O que o outro lado esconde, é que na Amazônia, se encontram jazidas de muitos minerais, como por exemplo o níquel, e outros mais raros, que interessam ao bandido milionário, que fez um rastreamento de todos os locais e das quantidades  desses minérios, através de um acordo com seu compadre Bolsonaro, que de volta ao poder, ele teria o que precisa para seus carros a preço ínfimo. Eis a causa desse confronto.

Eles querem internacionalizar nosso país e vão usando todas as técnicas que estejam a seu alcance. Por mais ilegítimas que forem, em detrimento de nossa população, verdadeira detentora dessas riquezas.

João Pessoa, 04 de setembro de 2024

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Saulo Péricles

Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

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