Os dois lados da semana santa

Coluna de Francisco Inácio Pita - Imagem ilustrativa - reprodução/Pixabay

Por Francisco Inácio Pita – A Semana Santa começa no Domingo de Ramos e termina no domingo de Páscoa, entre um domingo e o outro vem a quinta e a sexta-feira, considerado como o dia santo maior. É na sexta santa em que os cristãos relembram o momento em que Jesus Cristo morreu crucificado. Também é chamada de Sexta Feira da Paixão, pela origem latim, paixão significa sofrimento. A semana santa termina no Domingo de Páscoa, quando se celebra a ressurreição de Jesus Cristo, onde muitos ainda lembram e levam para a prática os ensinamentos de Jesus ressuscitado.

Por outro lado, vivemos atualmente em mundo meio desvirtuado, com traços de violência, alto consumo de drogas e uma verdadeira bagunça mundial. A fé de muitas pessoas está além do tempo, muitos nem acreditam mais em Deus e nem tão pouco, na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que foi morto, crucificado e ressuscitou ao terceiro dia. “Jesus ensinou aos seus amigos e mostrou-lhes seu corpo ressuscitado (ver Lucas 24:36). Ele fez com que seus amigos o tocassem para saber que seu corpo ressuscitado tinha carne e ossos (ver Lucas 24:39–40). Depois de ensinar as pessoas, Jesus foi viver com o Pai Celestial novamente (ver Lucas 24:51).” Fonte: www.portalinsights.com.br.

Como surgiu a semana santa? Você sabia que em cada um dos dias dessa semana que inicia no Domingo de Ramos e termina no Domingo de Páscoa, nós fazemos memória a acontecimentos específicos da Paixão, Morte e Ressurreição do Nosso Senhor. A Semana Santa é a semana um importante do ano litúrgico e segue ao final da quaresma. Semana Santa representa a paixão, morte e ressurreição de Cristo. “Jesus Cristo quando esteve pessoalmente no universo não aceitava o tipo de vida que uma parte do seu povo levava, o governo cobrando altos impostos, riquezas para uns e miséria para outros e ao chegar a Jerusalém, foi aclamado pela população de poucos recursos financeiros como sendo o Messias, o Rei. Com essa crença, a maior parte da população da época duvidava dos seus sábios ensinamentos, de sua missão para salvar a humanidade, então, uma parte da população rica e as autoridades daquela época passaram a persegui-lo.” Fonte: https://www.google.com.br/.

Aconteceram várias situações na passagem de Jesus Cristo na terra, e se aparecesse hoje em nosso meio um Jesus com as mesmas características e poder divino, acredito que uma parte da população não acreditava os seus pensamentos e o novo Jesus também seria perseguido e morto.

Essas ações vemos no dia a dia com a violência que presenciamos a cada momento em todo o universo. Há claramente uma grande falta de fé, de amor ao próximo, de fraternidade entre boa parte dos povos.

No outro lado da semana santa, observa-se que a população despreza a ideia de tradição, compra a qualquer preço os produtos como: bacalhau, queijo e seus derivados, ovo caipira ou de granja, o famoso ovo de páscoa e vinhos de diversas marcas. Muitos usam bebidas alcoólicas, fazem festas, se embriagam e praticam verdadeiras demonstrações de pouca fé. É nessa tradição que começa a exploração praticada por vários comerciantes oportunistas, que se aproveitam para aumentar os preços dos produtos, que por tradição usamos na semana santa. Tenho certeza de que Jesus está sofrendo com essas ações, são pessoas desleais que aproveitam o momento para lucrar. Há uma grande diferença entre lucrar e explorar. Lucrar de forma honesta faz parte da vida do comerciante, mas aumentar o preço somente durante a semana santa é uma exploração ao consumidor, ações que não fazem parte das regras de bons cristões.

Os órgãos fiscalizadores que defendem o consumidor, deviam pelo menos 20 dias antes da semana santa, anotar os preços dos produtos e conferir se na semana santa os produtos estavam com os mesmos preços ou tinha aumento abusivo. Comprovado, era a hora de punir os comerciantes exploradores. Acontece que nada disso é feito, tem apenas fiscalização de forma isolada, enfim, quem paga a conta é o pequeno consumidor.

Na minha humilde opinião, o oportunismo aparece em diversas festas tradicionais pelo Brasil afora, e principalmente no Nordeste onde a fé do povo ainda é bem marcante, os comerciantes oportunistas, aproveitam o tempo para aumentar os preços dos produtos destinados para cada ocasião, muitos aproveitam até a fé do povo para ter seus lucros.

Mote: a semana é toda santa
e o povo muda o roteiro.

É uma semana da luz
que segue em pregação
quem tem Deus no coração
compreende a sua cruz
e a sua vida conduz
seguindo o seu roteiro
de forma bem prazenteiro
e o mal Jesus espanta
a semana é toda santa
e o povo muda o roteiro.

Quem tem fé no salvador
segue a sua pregação
ora e pede o perdão
seguindo no seu louvor
nunca despesa o amor
e é um bom cavaleiro
abraça bem o roteiro
e boa semente planta
a semana é toda santa
e o povo muda o roteiro.

A tradição fala tudo
muita gente não entende
a mudança se estende
o povo é bem cabeçudo
se torna fraco e miúdo
e vai crê num forasteiro
segue pelo mundo inteiro
cai depressa e não levanta
a semana é toda santa
e o povo muda o roteiro.

Se o povo tivesse fé
tudo seria melhor
nunca vinha o pior
não seria são Tomé
não ir contra a maré
e seria um bom cordeiro
seu caminho era certeiro
e se baixar logo levanta
a semana é toda santa
e o povo muda o roteiro.

A mudança que se faz
é de cortar o coração
sai parte da tradição
e vem a ideia sem paz
e a população desfaz
na reta sem paradeiro
não chega a ser o primeiro
por faltar voz na garganta
a semana é toda santa
e o povo muda o roteiro.

Finalizo esse repente
com o mote declamado
não estou muito animado
mais dar para ir em frente
Deus me deu boa semente
e não vivo em cativeiro
vou sentindo só o cheiro
mais minha fé é giganta
a semana é toda santa
e o povo muda o roteiro.

Muito obrigado a todos e até ao nosso próximo encontro.

Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]