Orgulho-me de ser paraibano
Por José Antonio – Tenho observado o quanto o povo do Rio Grande do Sul vibra e canta o hino do seu estado, todas as vezes que seus times vão jogar. Naquele estado é obrigatória a execução dos Hinos Nacional e do Estado antes do inicio de cada partida. Mas o que me chama ainda mais atenção é que os gaúchos vibram e canta o hino do Estado muito mais do que o Hino Nacional.
Esta semana conversei com muitos paraibanos: professores e estudantes universitários, alunos e mestres do ensino médio e fundamental, com mulheres e homens, com jovens e adultos, com empresários e intelectuais e a pergunta era uma só: você já ouviu alguma vez o Hino da Paraíba? Para surpresa minha a resposta foi 100% negativa, quase sempre acompanhada de uma indagação: e existe?
A Paraíba tem um belíssimo hino, com letra de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo e musicado por Abdon Felinto Milanês e foi apresentado pela primeira vez no dia 30 de junho de 1905. O nosso estado tem ainda uma belíssima música; “Meu Sublime Torrão”, de autoria de Genival Macedo, que é considerado o segundo Hino da Paraíba.
O que nos faz desconhecer a história e a cultura do nosso Estado? Como podemos querer bem e amá-lo se desconhecemos o que poderia marcar em nossos corações um verdadeiro amor telúrico?
Por que o governo do Estado não inicia uma campanha, unindo as Secretarias de Educação, de Cultura e Comunicação no sentido de tornar conhecido o nosso hino? Como podemos gostar de algo que não conhecemos?
A música “meu sublime torrão”, que é mais divulgada, inicia dizendo: “Num recanto bonito do Brasil / sorri a minha terra amada / onde o azul do céu / é mais cor de anil / onde o sol tão quente / parece mais gentil”. Tenho a mais absoluta certeza que o nosso estado tem muitas e belas coisas a serem proclamadas e como seria ótimo, para nós paraibanos, mostrarmos que neste rincão brasileiro, além de muitos produtos que exportamos e somos primeiro lugar no país em produção, somos também a “Paraíba hospitaleira / morena brasileira / do meu coração!”.
Hino da Paraíba
Letra: Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo
Música: Abdon Felinto Milanês
Salve, berço do heroísmo,
Paraíba, terra amada,
Via-láctea do civismo
Sob o céu do amor traçada!
No famoso diadema
Que da Pátria a fonte aclara
Pode haver mais ampla gema:
Não há Pérola mais rara!
Quando repelindo o assalto
Do estrangeiro, combatias,
Teu valor brilhou tão alto
Que uma estrela parecias!
Nesse embate destemido
Teu denodo foi modelo:
Qual Rubi rubro incendido
Flamejaste em Cabedelo!
Depois, quando o Sul, instante,
Clamou por teu braço forte,
O teu gládio lampejante
Foi o Diamante do Norte!
Quando, enfim, a madrugada
De novembro nos deslumbra,
Como um sol a tua espada
Dardeja e espanca a penumbra!
Tens um passado de glória,
Tens um presente sem jaça:
Do Porvir canta a vitória
E, ao teu gesto a Luz se faça!
Salve, ó berço do heroísmo,
Paraíba, terra amada,
Via-láctea do civismo
Sob o Céu do Amor traçada!
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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