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Francisco Cartaxo

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O velho Gazeta do Alto Piranhas

11/01/2021 às 08h27

Coluna de Francisco Cartaxo

O  Gazeta completou 22 anos. Nem todos acreditavam no projeto do professor José Antônio de Albuquerque. Terá vida curta, diziam, é morte certa, entusiasmo de vassoura nova. Erraram todos. Não acompanhei o nascer do Gazeta. Mas vibrei quando ele já caminhava. Senti a força da juventude, a ousadia dos meninos do sertão. Nem todos se entenderam ao longo do caminho. Cada cabeça com uma ideia nova, um jeito diferente de fazer jornalismo. Por isso, as perdas ao longo da estrada. Bom, confesso, eu falo por ouvir dizer. Os que vivenciaram um dia escreverão com pleno conhecimento de causa.

Pois é. 22 anos! Todas as semanas. Uma geração de notícias, entrevistas, registros históricos, crônicas, contos, poesias, fofocas políticas e sociais. Causas nobres abraçadas com denodo e amor a Cajazeiras. Exemplos? A luta pela instalação do curso público de medicina, por um aeroporto capaz de atrair linhas comerciais regulares, o apoio ao Movimento dos Amigos de Cajazeiras – MAC, a briga em prol da implantação do IML, da Universidade do Sertão… e por aí vai. Nem todas tiveram sucesso.

Muito mais se encontra nas páginas de mais de 1.150 exemplares do jornal. Uma coisa é certa. Ninguém escreverá a história de Cajazeiras sem recorrer às páginas do Gazeta do Alto Piranhas, amarelecidas digitalizadas. O retrato não se restringe ao presente, aos fatos do momento. Como historiador e professor, José Antônio abriu janelas importantes para o passado, indo até às origens remotas.

– E você fez o quê?

Quase nada. Um dia encontrei Zé Antônio carregado de amargura. Ninguém ajuda, tenho que me virar sozinho, não colaboram, Frassales, às vezes, só falto endoidecer. A seu modo, destilou um rosário de queixa. Ouvi com a paciência herdada de meu pai. Eu sei que o professor exagera, empolga-se, incursiona em espaços atmosféricos! No final daquela longa conversa, aceitei o desafio: preparar um pequeno texto toda semana. Sem falhar. Então comecei a série Memórias das eleições de 1982.  O que era esporádico, virou compromisso. Pobre de dinheiro, eu só poderia dar o que imagino ter. E assim, desde o nº 292, ano VI, de 16 a 22 de julho de 2004, o Gazeta publica meu artigo. Até agora, foram mais de 800! Já se vão quase 17 anos de colaboração efetiva. Houve, porém, um pequeno hiato, quando precisei de tempo integral para concluir Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero.

Presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Cartaxo

Francisco Cartaxo

Francisco Sales Cartaxo Rolim (Frassales). Cajazeirense. Cronista. Escritor.
Trabalhou na Sudene e no BNB. Foi secretário do Planejamento da Paraíba,
secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco. Primeiro presidente da
Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Membro efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano. Autor dos livros: Política nos Currais; Do
bico de pena à urna eletrônica; Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras
no cerco ao padre Cícero; Morticínio eleitoral em Cajazeiras e outros
escritos.

Contato: [email protected]

Francisco Cartaxo

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Francisco Sales Cartaxo Rolim (Frassales). Cajazeirense. Cronista. Escritor.
Trabalhou na Sudene e no BNB. Foi secretário do Planejamento da Paraíba,
secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco. Primeiro presidente da
Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Membro efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano. Autor dos livros: Política nos Currais; Do
bico de pena à urna eletrônica; Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras
no cerco ao padre Cícero; Morticínio eleitoral em Cajazeiras e outros
escritos.

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