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Francisco Inácio Pita

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O natal de Jesus e da população

22/12/2021 às 18h36 • atualizado em 22/12/2021 às 18h52

Coluna de Francisco Inácio Pita. (Foto ilustrativa: Larissa Ferreira/cancaonova.com).

Por Francisco Inácio Pita

Estamos vivenciando mais um período natalino e após dois anos de sufoco com a pandemia da Covid-19, de forma parcial tudo começa voltando ao normal. Aproveitando o ensejo pedimos ao nosso Deus uma graça no sentido de que esse mal desapareça da terra. Já se observa uma leve abertura para a realização de festas e confraternizações com regras e cuidados, também não podemos esquecer que a pandemia ainda não acabou e requer muita atenção. Principalmente no que diz respeito às normas de prevenção.

Vários decretos foram publicados durante esses dois anos, muitos desses decretos com vários erros e sendo pouco cumprido por boa parte da população. Algumas pessoas por falta de consciência, outras por falta de fiscalização dos órgãos de vigilância sanitária. Talvez porque o grupo de agentes da vigilância sanitária na maioria das cidades era pequeno e não conseguia cumprir a risca atingir toda a área a ser fiscalizada. O último decreto publicado na Paraíba diz que os salões de festa dançantes devem ser ocupados com apenas 80% da sua capacidade, pergunta-se: Quem vai calcular se o percentual está correto? Talvez essa parte do decreto não seja cumprida. “Quem viver verá”.

Como sempre, o natal está dividido em dois: o natal de Jesus e o natal da população. De um lado, as igrejas celebram o verdadeiro nascimento de Jesus Cristo e do outro lado a população se confraterniza e a maioria nem se lembra do principal aniversariante do mês que é Jesus Cristo. Isso sempre aconteceu e a cada ano aumenta o número de pessoas que deixam de festejar nas igrejas para participar de festas, churrasco, comidas típicas e bebidas alcoólicas. Não entendo se é falta de fé ou a modernidade dos tempos que traz esta transformação, mesmo assim respeito o desejo e a opinião de cada um.

Nos comerciais de rádio e televisão, as chamadas: “o seu natal aqui é bem melhor”, “participe da promoção de natal da loja tal…”, O menor preço é “no natal de loja X”, onde fica a comemoração do verdadeiro nascimento de Jesus Cristo? O que eu vejo são mudanças em nome do modernismo por lucros comerciais. De uma parte está certo porque o comércio precisa se manter, mas será que os nossos comerciantes não estão exagerando e cobrando um preço mais alto nos produtos típicos em nome do natal? Pergunta não ofende, e eu acrescento: Pergunta não ofende desde que a pergunta não atinja a dignidade pessoal do indagado.

Observa-se que a grande maioria da população continua sem entender o verdadeiro significado do natal, a maior parte do povo não compreende, e com base em novas tecnologias e seus laços culturais de forma renovada, não reverencia a verdadeira festa cristã em louvor ao nascimento de Jesus Cristo.

Vejo claramente que na maioria das confraternizações ninguém lembra diretamente do principal aniversariante do mês: JESUS CRISTO. Cristo está presente em espírito, dado a tranquilidade, satisfação, descontração e a emoção de todos, mas os participantes utilizam as mesmas tradições, esquecendo-se de orar, mas lembrando de brincar, de trocar presentes, a tradicional brincadeira da amiga e do amigo secreto, amigo doce e outras brincadeiras que fazem parte da tradição e do gosto da população. E como fica o aniversariante de honra do mês sem ser apontado como o principal mentor da festa? Jesus Cristo é em suma, o maior revolucionário do universo, ao ponto de mudar muita gente e até a contagem do próprio tempo. Foi depois de Jesus que apareceu às palavras antes de Cristo e depois de Cristo. O filho de Deus, pregou, mostrou um mundo diferente e não julgou ninguém, mas deixou seus ensinamentos e para quem tem fé se torna humano e segue todos os seus passos no dia a dia.

O período natalino representa o verdadeiro nascimento de Jesus, mas a maioria do povo mudou tudo e não imagina em um natal de oração, de comemoração em família e da celebração da palavra viva de Jesus. Como será o futuro da humanidade se as suas verdadeiras tradições religiosas estão saindo de circulação, tudo em nome do modernismo, talvez falso e sem sentido que aparece em todo o universo. Será que estas mudanças representam o modernismo de verdade? Como ficam os nossos antepassados de histórias bravas? Não estou aqui querendo retornar ao passado, mas lutar pelo respeito às grandes tradições que não devem se acabar e ao mesmo tempo posso não concordar em sua totalidade com certas mudanças, no entanto, respeito à opinião de todos. Tudo muda, a nossa vida, a nossa mente, o nosso organismo fica mais fraco, mas as nossas tradições, seja qual for, devemos ter um enorme cuidado na hora de mudar.

O melhor natal que você pode participar seria dividir um pouco do que tem com famílias carentes da sua vizinhança, aquelas pessoas que passam necessidades o ano inteiro, se puder, der uma cesta básica, e de preferência compre no comércio local e peça para o vendedor mandar entregar e não falar o seu nome como o doador. Fazendo uma ação como essa você está vivenciando o verdadeiro natal de Jesus, não tem sentido fazer uma grande festa em sua casa e deixar muitas vezes o seu vizinho, parentes e amigos passando necessidades. Dê-lhe a oportunidade de viver pelo menos o dia do natal feliz. Quem divide o pão nunca falta na sua mesa “o pão nosso de cada dia”.

Aproveito o espírito natalino para desejar aos nossos leitores um feliz natal e um ano de 2022 completo de paz e harmonia entre todas as famílias. Rogo a Deus em meu nome e da minha família que o natal de JESUS seja a verdadeira luz do senhor em todos os lares da Terra e que o coronavírus desapareça para sempre do Brasil e do mundo. Como Jesus nasceu em uma manjedoura de forma simples, assim também cresça no coração dos homens, que venha a virtude e a luz da sabedoria do poderoso mestre se lançar no seio da humanidade. Que toda a população pense sempre na paz e na concórdia da luz do divino criador e que nosso pai eterno ilumine com a sua luz todos os nossos familiares. O Grande Arquiteto do Universo que é justo e perfeito esteja sempre presente em todos os lares, comércios, estabelecimentos escolares, todas as repartições de saúde e todos os ambientes que tenham atendimento ao povo. Ilumine e converta para o bem os maus feitos das penitenciárias, o divino pai eterno transmita a sua luz para os hospitais, para os ambientes administrativos e legislativos de forma geral, e enfim, que as pessoas se confraternizem não apenas no natal, mas durante toda a sua vida. AMÉM.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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