O Haiti, acredite, não é aqui?
Por Fernado Caldeira
Sua renda per capita é um-terço da renda da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.
O país permanece extremamente pobre, sendo o mais pobre da América e de todo Hemisfério Ocidental.
Papa Doc, Baby Doc, generais golpistas e outros bichos fizeram até há pouco parte de sua história política cravada de violência e desrespeito aos direitos humanos.
Mas tudo isso ainda era pouco diante do que viria a acontecer no último dia 12, terça-feira. Um violentíssimo terremoto praticamente destroçou a capital do país, Porto Príncipe, com relatos de mais de 100 mil pessoas mortas. Entre estas 15 militares brasileiros e a fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança, organismo social da CNBB, dona Zilda Arns.
Simplesmente um terror! Algo que choca a todos, ou melhor, a quase todos!
Enquanto o mundo chora e se solidariza com os pobres aitianos, brasileiros, chilenos, e gente de outras nações que igualmente sucumbiram ao violento terremoto, os políticos aqui na Paraíba continuam a discutir nossa pobre política, que nem trata de educação, nem de saúde, nem de políticas públicas, nem de infra-estrutura, nem de nada! O que aqui se discute não é política, mas tão somente como vencê-la!
Aqui simplesmente se buscam conchavos. A se alia a B, que antes era aliado de C, que agora buscou D como parceiro. Assim, engendram, se chega mais facilmente ao poder, pois mais facilmente se arrebanha os votos dos currais do litoral, do Agreste, do Curimataú e do Sertão. Desta forma, alcançando a caneta estatal de governador, se nomeia o sobrinho do deputado, a prima do senador, o irmão do ex-qualquer coisa, se deita e rola, pinta e borda e o mundo que se exploda!
Simplesmente um terror! Algo que choca a todos, ou melhor, a quase todos!
Choca aos que vêem a atividade política de forma contrária a que, na grande maioria, se desenvolve de leste a oeste, de norte a sul desta pequena e pobre Paraíba.
Ainda bem que por aqui ainda não temos terremoto, em que pese a maioria de nossa classe política, que às vezes traz resultados bastante catastróficos! Por via das dúvidas é bom instalarmos aparelhos detectores de turbulências na terra, na água e no ar, porque por aqui nada escapa à fúria dos candidatos a dono da Paraíba.
S O L T A S
*O deputado Jeová Campos (PT) saiu por uns dias de Cajazeiras, deixando o olho do furacão que se abateu sobre o grupo político do qual faz parte naquele município. Vai aguardar os acontecimentos para só depois definir rumos e estratégias.
*Seus próximos passos dependem dos passos do prefeito Léo Abreu (PSB), do deputado federal Wilson Santiago (PMDB) e do governador José Maranhão (PMDB). O que eles definirem, isolada ou conjuntamente, influenciará diretamente no futuro político de Jeová.
*Enquanto isso, o ex-prefeito Carlos Antônio (DEM) continua calado mas agindo. Como Jeová, aguarda os próximos passos de algumas lideranças.
*Pense numa novela enfadonha essa do PSDB da Paraíba!
*Neste domingo (17) o vice-prefeito de Cajazeiras, Carlos Rafael (PTB), é o entrevistado do programa Trem das Onze.
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