O gigante adormecido volta a emitir bons sinais
A crise (ainda) é real – e mostra suas garras sobre todo o conjunto econômico do País, inclusive na parte mais sensível: o desemprego, que atingiu na virada de 2016 a marca recorde de 12 milhões de excluídos do mercado formal de trabalho.
A depressão econômica, porém, já não nos imobiliza no pessimismo.
Começamos, definitivamente, a nos erguer deste leito armado pela conjunção de crise internacional aliada aos nossos problemas internos.
Estamos, enfim, nos pondo de novo de pé.
E os sinais de recuperação estão por toda parte – desenhados, de forma irrefutável, na curva de tendência atual, que aponta uma oxigenação (mesmo que modesta) do Produto Interno Bruto.
Meio ponto percentual de crescimento de PIB, projetado pelos segmentos mais conservadores, não é de fato um número que se possa comemorar com estardalhaço.
Mas pelo menos estanca a sangria que nos deixou, somente nos dois últimos anos, 8 por cento mais pobres.
E quando falamos em recuperação de PIB, nos reportamos à essência (coração e alma) de uma economia.
A volta do crescimento do conjunto de riquezas produzidas por uma nação tem efeito e impacto sobre todo o resto dessa cadeia: no aumento da capacidade de investimentos, no incremento da circulação de renda, na melhoria dos indicadores econômicos e sociais.
Com reflexo, inclusive, sobre o comportamento inflacionário – que também já demonstra encolhimento e deve fechar 2017 dentro do teto da meta de 4 por cento.
Estamos, portanto, no início de uma caminhada para reconquistar o equilíbrio perdido.
E que se estenderá ao mais importante dividendo neste processo: os empregos perdidos.
Com mais renda girando na economia, a reabertura de postos de trabalho é uma conseqüência benigna e natural.
E não estamos falando de pouca coisa:
Ouso dizer que a geração de emprego é o principal programa social que qualquer governo deve ter como objetivo.
Pois além de dar sustento às famílias, proporciona a verdadeira libertação do cidadão, que atende por um só nome: dignidade!
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