O carnaval popular resiste
Por José Anchieta
O carnaval de Cajazeiras, principal evento turístico da cidade e do interior do Estado, aconteceu, este ano, marcado pela resistência dos foliões organizados ou não em blocos, que ocuparam os locais alternativos, buscando o verdadeiro espaço que essa tradicional festa popular sempre contemplou à espontaneidade e à irreverência de muitos cajazeirenses e sertanejos.
A grande presença de público nas tradicionais praças do frevo e dos blocos e as multidões puxadas pelos Imprensados, Virgens, Amélia Nunca Mais e Cafuçu foi uma resposta às dúvidas sobre sua realização, às limitações de horário e demais dificuldades impostas ao que ainda resta em Cajazeiras de folia de momo para todos, no centro da cidade.
Inegavelmente, a cidade recebeu mais uma vez muitos visitantes, que contribuíram para movimentar o comércio, principalmente de hotéis, bares e restaurantes. Mas, essa movimentação poderia ter sido bem melhor se não fosse toda uma onda de incerteza e improvisação, que marcou o período de preparação do evento.
As manifestações da juventude, dos blocos que desfilaram, atraindo multidões, e dos foliões em geral, são recados claros de que o evento tem o seu espaço assegurado no calendário turístico da cidade, e que precisa ser planejado com muita sensibilidade e responsabilidade. Sem isso, vamos continuar registrando retrocessos.
O público cajazeirense que gosta de carnaval mostrou com clareza que, independentemente, da realização de evento privado no mesmo período, quer o respeito aos seus espaços alternativos para extravasar toda a alegria que a festa contagia. Não será fácil daqui pra frente, por exemplo, se impor horário de funcionamento desses locais, coisa que só vem acontecendo, ultimamente, em Cajazeiras.
Pois bem, que se tirem as lições do carnaval deste ano para que essa tradição continue muita viva e forte entre todos nós. E mais: o carnaval precisa ser visto também como um evento turístico, gerador de muitos empregos temporários e renda, e que tem conseguido, ao longo dos anos, notadamente, a partir do final de década de 80, atrair público de outras cidades e impulsionar a economia local.
Inquietação
Os agricultores sertanejos começam a manifestar preocupação com a ausência de chuvas neste início de fevereiro. Depois de mais de 330 milímetros em Cajazeiras, em janeiro, superando a média do mês, não choveu ainda em fevereiro para garantir o desenvolvimento das lavouras. E a preocupação maior é em relação ao açude Engenheiro Avidos, que não conseguiu ainda repor nada do seu volume.
Insegurança
A população de Cajazeiras tem reclamado muito, ultimamente, de assaltos em alguns pontos centrais da cidade. Há, segundo as queixas registradas nas emissoras de rádio, duplas armadas atuando, rendendo as pessoas e subtraindo celulares e outros objetos. O caso mais recente vitimou duas jovens na Rua Dr. Coelho, no centro de Cajazeiras.
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