O Brasil que emergiu das urnas
Por Alexandre Costa
O eletrizante desfecho das apurações dos votos do primeiro turno das eleições do último domingo (2) nos revelou, numericamente, o exacerbado aguçamento da divisão politica do nosso povo. Temos um país simetricamente dividido numa disposição geopolítica em partes praticamente iguais, o Norte/Nordeste tingido de vermelho e o Sul/Sudeste de azul, que reflete, respectivamente, à esquerda e direita dominando as regiões mais pobres e mais ricas dos Brasil.
Realizadas sob um manto de suspeitas sobre a confiabilidade das urnas eletrônica as eleições ocorreram em clima de normalidade em todo o país, calmaria que não se registrou com a indignação popular com os erros grosseiros da grande maioria dos institutos de pesquisas que fatalmente induziu o eleitor na sua escolha. Esses números discrepantes entre o percentual de votos apresentados pelas pesquisas e os votos efetivamente apurados renderam para esses institutos um pedido de investigação do Ministério da Justiça pela Polícia Federal para apurar se houve crime ou conluio além de um pedido de instalação de uma CPI no Congresso Nacional.
O Brasil emerge das urnas com um novo desenho parlamentar predominantemente de centro-direita que impactará diretamente na governabilidade do país. Esse novo desenho parlamentar com um Congresso à direta já produziu seus efeitos positivos no mercado financeiro logo na segunda-feira (3) dia subsequente da abertura das urnas. A bolsa de valores fechou o pregão com um aumento de 5,54% e o dólar caindo 4,09%, seguindo esse viés de alta os papéis das estatais dispararam com a Petrobrás registrando aumentos de mais de 8% e o Banco do Brasil subindo 7,99%. Euforia total.
O mercado captou que um Congresso liberal e conservador de direita são garantia da aprovação das reformas, dos novos marcos regulatórios, da manutenção da lei da responsabilidade fiscal ancorada na continuidade da lei do teto dos gastos públicos.
Numa eventual vitória do ex-presidente Lula, o petista, por questão de sobrevivência, terá que usar necessariamente toda sua expertise politica para compor com partidos do centrão para montar sua base parlamentar no Congresso. Ou Lula negocia, ou morre. Algo como a rainha da Inglaterra. Pode reinar, mas não governa!
Sendo reeleito, o Presidente Bolsonaro, com esse novo e favorável arranjo parlamentar tanto na Câmara e no Senado, terá a grande oportunidade de dar continuidade das agendas de reformas que ficaram pelo caminho, como a tributaria e administrativa, turbinar as privatizações, avançar nas Parcerias Publico Privadas (PPP) e o mais importante de tudo, com uma maioria de sua base parlamentar no Senado terá a oportunidade de interferir barrando a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a presidência daquela Casa indo para cima dos seus algozes do STF nomeando novos ministros e vir à forra abrindo processos de impeachment contra seus membros.
Na verdade, a grande tarefa para o presidente eleito no segundo turno, independentemente de quem seja, é ensarilhar as armas, promover um governo de união nacional, acabar com essa insana luta fratricida para finalmente convivermos num país justo e próspero.
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