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Alexandre Costa

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O Brasil precisa de um estadista

02/01/2023 às 19h21

Foto: Carla Carniel / Reuters

Por Alexandre Costa

Eleições, Bicentenário, outra onda da Covid-19, Copa do Mundo fora de época, ativismo judicial exacerbado, um executivo fraco, um legislativo submisso, governo de transição já governando, manifestantes em frente aos quarteis, à volta ao mapa da fome, desigualdade social, desemprego, “geração nem-nem” e por aí vai. Ufa! 2022, sem dúvidas, foi um ano atribulado.

Afinal, o que esperar do Brasil, que adentra em 2023, depois de emergir das urnas totalmente divididas na eleição mais polarizada da sua história.

O Governo Bolsonaro se despede de uma forma melancólica frustrando e revoltando seus mais ardorosos apoiadores. Foram erros graves, principalmente os desastrados pronunciamentos verborrágicos do Presidente durante a pandemia que lhe custou a sua reeleição.

Na economia, o presidente que sai deixa um legado que merece registro: reforma da Previdência, privatização da Eletrobrás e autonomia do Banco Central, Lei da Liberdade Econômica, criação dos Marcos Regulatórios do Saneamento, das Ferrovias, Lucro das Estatais. Todas essas ações comandadas e implementadas pelo ministro Paulo Guedes que reduziram a intervenção do Estado, equilibraram as contas públicas impulsionando o crescimento econômico. Lamentavelmente, mais uma vez, reformas estruturantes como a Administrativa e Tributária, cruciais para retomada do desenvolvimento do país, ficaram pelo caminho.

E o presidente entrante?  Em seu terceiro mandato, o Presidente eleito, não terá pela frente um céu de brigadeiro. Também não terá a bonança dos idos de 2003 no seu primeiro governo quando surfou na estabilidade do Real da lavra de Fernando Henrique quando desperdiçou a onda de crescimento econômico mundial.

A equipe de transição do governo Lula III já deu o tom ao anunciar que vai estancar todo e qualquer processo de privatizações e desestatizações em curso no país. Inicia mexendo num vespeiro que deixou em polvorosa os potenciais investidores estrangeiros que tanto o país precisa ao quebrar uma regra de ouro universal: previsibilidade e respeito a contratos firmados.

O Lula, com certeza, vai ter muita pedreira pela frente.  Será que ele terá a grande percepção que a sua principal missão como o mandatário do país é atuar como um verdadeiro estadista para reunificar a nação brasileira atuando como um verdadeiro estadista? Teria Lula, liderança e envergadura moral para isso? Não acredito. Com os resultados das últimas eleições envoltas num manto de suspeitas sobre a lisura do discutível processo eleitoral das urnas eletrônicas, não vai dessa vez que teremos no Planalto um estadista.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

Alexandre Costa

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

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