O Brasil precisa de um estadista
Por Alexandre Costa
Eleições, Bicentenário, outra onda da Covid-19, Copa do Mundo fora de época, ativismo judicial exacerbado, um executivo fraco, um legislativo submisso, governo de transição já governando, manifestantes em frente aos quarteis, à volta ao mapa da fome, desigualdade social, desemprego, “geração nem-nem” e por aí vai. Ufa! 2022, sem dúvidas, foi um ano atribulado.
Afinal, o que esperar do Brasil, que adentra em 2023, depois de emergir das urnas totalmente divididas na eleição mais polarizada da sua história.
O Governo Bolsonaro se despede de uma forma melancólica frustrando e revoltando seus mais ardorosos apoiadores. Foram erros graves, principalmente os desastrados pronunciamentos verborrágicos do Presidente durante a pandemia que lhe custou a sua reeleição.
Na economia, o presidente que sai deixa um legado que merece registro: reforma da Previdência, privatização da Eletrobrás e autonomia do Banco Central, Lei da Liberdade Econômica, criação dos Marcos Regulatórios do Saneamento, das Ferrovias, Lucro das Estatais. Todas essas ações comandadas e implementadas pelo ministro Paulo Guedes que reduziram a intervenção do Estado, equilibraram as contas públicas impulsionando o crescimento econômico. Lamentavelmente, mais uma vez, reformas estruturantes como a Administrativa e Tributária, cruciais para retomada do desenvolvimento do país, ficaram pelo caminho.
E o presidente entrante? Em seu terceiro mandato, o Presidente eleito, não terá pela frente um céu de brigadeiro. Também não terá a bonança dos idos de 2003 no seu primeiro governo quando surfou na estabilidade do Real da lavra de Fernando Henrique quando desperdiçou a onda de crescimento econômico mundial.
A equipe de transição do governo Lula III já deu o tom ao anunciar que vai estancar todo e qualquer processo de privatizações e desestatizações em curso no país. Inicia mexendo num vespeiro que deixou em polvorosa os potenciais investidores estrangeiros que tanto o país precisa ao quebrar uma regra de ouro universal: previsibilidade e respeito a contratos firmados.
O Lula, com certeza, vai ter muita pedreira pela frente. Será que ele terá a grande percepção que a sua principal missão como o mandatário do país é atuar como um verdadeiro estadista para reunificar a nação brasileira atuando como um verdadeiro estadista? Teria Lula, liderança e envergadura moral para isso? Não acredito. Com os resultados das últimas eleições envoltas num manto de suspeitas sobre a lisura do discutível processo eleitoral das urnas eletrônicas, não vai dessa vez que teremos no Planalto um estadista.
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