O adeus a Cavalcante
Por Reudesman Lopes
Me tornei próximo de Cavalcante quando precisei dos seus trabalhos fotográficos, isso foi em agosto de 2018, naquele momento estávamos realizando uma exposição que falava dos 70 anos do Atlético Cajazeirense de Desportos e o convidei para a cobertura fotográfica do evento.
Apaixonado pelas coisas de Cajazeiras que tratam de falar da memória e da história da nossa cidade, Cavalcante ficou impressionado pela dimensão da história do nosso Trovão Azul e, mais tarde, se apaixonou pelo Museu do Futebol de Cajazeiras quando começamos a expor o acervo. Pasmem os meus leitores, ele não queria receber o pagamento do seu trabalho quando viesse a fotografar o Museu do Futebol de Cajazeiras, era uma briga para eu pagá-lo pelo seu trabalho.
Extremamente competente com a máquina fotográfica nas mãos, desfilou para as mais próximas lindas fotografias de Cajazeiras de ontem e de hoje. O seu último trabalho mostrado foi simplesmente espetacular, maravilhoso, histórico.
Meticuloso, detalhista, mesmo com a saúde muito debilitada, mostrou aos cajazeirenses e cajazeirados que o seu sonho de valorização do profissional fora realizado quando ele construiu uma exposição histórica sobre os fotógrafos de Cajazeiras.
Aproveitando essa oportunidade, faço um apelo ao Secretário de Cultura do Município de Cajazeiras para que ele trabalhe para a construção do Memorial Cavalcante lá no Casarão dos Sobreira com todo o rico acervo deixado por este, aliás, já havia falado isso para o próprio Cavalcante e para o amigo Eduardo Pereira.
Poucos são aqueles que o conheceram na essência do ser humano que foi, sem dúvidas merecia mais atenção de Cajazeiras pelo amor que sempre demonstrou a sua terra natal, mas, infelizmente, a terra do Padre Rolim não tem o costume da valorização dos seus filhos, daqueles que verdadeiramente trabalham para mostra-la mais ativa e mais altiva, trabalhou para muitos e pouquíssimos reconheceram o seu trabalho a sua dedicação e competência.
De uma coisa tenho certeza, sou muito grato a Cavalcante, agradeço a Deus os momentos que juntos falamos dos nossos sonhos, das enormes dificuldades que nos são impostas quando queremos fazer algo pela terra do Padre Rolim. Uma coisa ele sempre me falava: “Não desista do sonho da instalação do Museu do Futebol de Cajazeiras”.
Homem simples, mas, de um coração muito grande, Cavalcante era daqueles que nos orgulhava dizer ser seu amigo e nós fomos verdadeiramente mais que amigos, fomos irmãos, Deus sabe disso. Aos seus familiares o nosso profundo sentimento de pesar.
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