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Francisco Inácio Pita

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No geral, a culpa é do povo, dos gestores e legisladores

06/08/2024 às 18h52

Urna eletrônica - imagem ilustrativa - © Fábio Pozzebom/Agência Brasil

Por Francisco Inácio Pita – A política brasileira passa por diversos momentos de contradição, se fazermos um verdadeiro relacionamento do que foi prometido pela grande maioria dos políticos na campanha eleitoral, e veremos depois o que vem sendo executado em favor da própria população. Não precisa ser muito inteligente para perceber a grande diferença.

A péssima situação é constatada na maioria das prefeituras do primeiro ao terceiro ano de administração, tudo melhora no último ano da gestão, principalmente se o gestor for concorrer à reeleição. Para o povão, tem praticamente de tudo, como diz o meu amigo, seu Zé do Riacho, “até os doutor da medicina passaram na minha casa para saber se eu tava bem de saúde, olhou a pressão dos pusso com um bicho de pontero e ainda deu uns remédio de graça.”

Na campanha, os eleitores recebem as ofertas e muitos não imaginam o tamanho do erro que estão cometendo. A maioria dos políticos pratica estes atos sem a menor timidez. O eleitor recebe e fica mais um mandato sem ser beneficiado, enquanto os hospitais, escolas, setores da agricultura, etc. continuam sem condições adequadas de funcionamento.

Os projetos comunitários ainda são a forma mais ideal de solucionar todos os problemas de má assistência em uma gestão, mas infelizmente vão quase todos de água a baixo, porque não têm direcionamento, bom panejamento e quase ninguém para gerenciar esses projetos e nem tão pouco quem cuide com responsabilidade, e o povo dificilmente cobrar dos gestores.

Uma grande parte dos gestores confunde a política com politicagem durante toda a gestão, a maioria deles passa o mandato inteiro no palanque, perseguindo seus adversários, utilizando-se de ação até de baixo nível para atacar seus opositores. Esta ação é considerada um verdadeiro analfabetismo político ou desvio do objetivo de um administrador que, na verdade, seu principal objetivo é coordenar os recursos para o povo em geral e não para os seus eleitores.

Na maioria das localidades rurais onde tem a atuação das associações comunitárias, alguns presidentes destas agregações, quando existem, se aliam aos corruptos administradores que não têm compromisso com o povo. Vemos que uma parte dos presidentes dessas agremiações não se preocupam com as comunidades que representam e já entram nas associações, com a intenção de serem beneficiados.

Muitos eleitores recebem ofertas nas eleições para votar em A ou B, e terminam votando em C, e muitas vezes recebem por necessidade. Neste caso, a culpa é da maioria dos gestores que não leva benefícios de forma geral para as comunidades.

O próprio povo tem culpa, nem todos, mas o desconhecimento da forma de administrar é muito grande, o analfabetismo no feitio administrativa de um prefeito, os desvios através das licitações, subfaturamentos em obras e outros erros que acontecem em quase todas as administrações, não chega ao conhecimento do povo em geral, talvez por não se preocupar em fiscalizar a gestão. Hoje existem diversos meios para esta finalidade na internet, fontes de acessos disponíveis, é direito e dever do eleitor fiscalizar os gestores e acompanhar o que ele está fazendo.

Outro fato interessante, aparece poucos concorrentes novos nas eleições, seja prefeito, vereador, deputado, senador, governador e presidente da república, e quando aparece um nome que nunca administrou pelo menos uma secretaria municipal, é apoiado pelo gestor atual, oriundo da má-fé que já governou erradamente, e assim vai, poucos se beneficiando e o povão sofrendo as consequências desastrosas de um poder mafioso.

A maioria dos desmandos administrativos é responsabilidade indireta do próprio povo, que muitas vezes se vendem durante as eleições por pequenos benefícios, como: materiais de construção, pneus para carros e motos, dinheiro em espécie e outros benefícios paliativos que não levam a nada. As leis proíbem, mas o próprio povo não denuncia e os políticos, na sua grande maioria, após eleitos, continuam administrando para os seus apadrinhados. Muitos passam o mandato inteiro contraindo bens e utilizando-se de laranjas da própria família ou de amigos para não despertar os órgãos fiscalizadores, permanecem no poder por vários anos, fazendo as maiores negociatas desonestas.

Quero concluir esta matéria lembrando, enquanto o povo não se organizar num só objetivo e comunitariamente, grande parte dos nossos administradores irão brincar com os nossos direitos e serem sempre os beneficiados, nem todos, mas a grande maioria dos políticos no Brasil se comporta assim, lembrando primeiro de crescer os seus bens, mesmo que o povo fique na miséria. Temos poucos políticos no Brasil que trabalham em benefício do povo. É lamentável ter que lembrar estes fatos.

Mote: se o povo votar bem
a tendência é só crescer.

Se a culpa é da gente
por votar sempre errado
vem o péssimo resultado
e nada vai para frente
o povo fica cedente
sem saber o que fazer
tem gente sem perceber
que ficou sem um vintém
se o povo votar bem
a tendência é só crescer.

Na hora que for votar;
tenha cuida na escolha
não venda o voto na folha
para não se prejudicar
procure sempre controlar
para depois não sofrer
olhe o que vai fazer
para não sofrer no além
se o povo votar bem
a tendência é só crescer.

É uma ação tão ruim
o eleitor que vendo o voto
de Deus não é um devoto
e estraga tudo em fim
não quero isso para mim
o povo precisa ver
se o desejo é crescer
não se venda a ninguém
se o povo votar bem
a tendência é só crescer.

O que hoje tem se visto
em quase todas prefeituras
são diversas criaturas
não é o que está previsto
grande falta de Cristo
dá pra gente perceber
muita falta de querer
em fazer o que convém
se o povo votar bem
a tendência é só crescer.

Finalizo essa sequência
mais desejo logo voltar
só deixarei de falar
quando ver boa vivência
saindo da emergência
com o povo padecer
o gestor corresponder
e fazer o que convém
se o povo votar bem
a tendência é só crescer.

Muito obrigado a todos e até o próximo encontro.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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