Mercado Público e Travessia Joaquim Costa
Por José Antonio – No ano de 1951, quando foi concluído o Mercado Público de Cajazeiras, considerada a maior obra do prefeito Arsênio Rolim Araruna, se constituiu, para a época, o que existia de mais moderno na cidade de Cajazeiras no setor comercial.
Inicialmente, muitas tarimbas comercializavam os produtos da terra, incluindo frutas e verduras e nos dias atuais predomina a venda de confecções e calçados.
Passados 68 anos de sua inauguração o Mercado perdeu o seu charme e encanto e está precisando urgentemente de uma grande reforma, até porque pessoas entendidas no assunto afirmam que a sua coberta e estrutura já teriam perdido o prazo de validade e alguns comerciantes temem pelo desabamento de sua coberta.
Já existe um projeto e muitas já foram as promessas de sua execução, mas até então nada de concreto vem sendo vislumbrado.
O que se lamenta é o fato de que um espaço precioso e muito valorizado não tem recebido do poder público o devido cuidado e não tem sido incluído como obra prioritária de governo.
Por mais de uma vez tentei levar o governador Ricardo Coutinho para conhecê-lo, mas não consegui, já que na sua primeira gestão, patrocinou em várias cidades a revitalização destes espaços, em várias cidades da Paraíba e se ele tivesse conhecido o nosso mercado tenho certeza que se interessaria em executar esta obra que tem uma importância grande para os pequenos comerciantes e pela preservação de um dos mais antigos equipamentos comercias e que faz parte de nossa história.
Este mercado sempre me trouxe belas recordações e com vínculos que simbolizam toda uma época áurea de nossa cidade, e ainda até porque meu pai fornecia banana maçã, trazida em lombo de burro de um pequeno sítio, nos Coxos de Cima, e sua principal cliente era Dona Conceição.
Tomei conhecimento, através dos comerciantes, que existe um projeto já feito pela prefeitura municipal de Cajazeiras e que algumas reuniões já foram realizadas para debatê-lo, mas que o tempo vai passando, passando e até o momento nada de concreto existe. Vale a pena continuar esta luta pela sua restauração.
Outro espaço que está precisando urgentemente de uma reurbanização é a Travessa Joaquim Costa, conhecida também como Rua da Bueira, cuja primeira intervenção foi feita quando Edme Tavares era deputado federal e teve como uma de suas ações, junto ao Ministro Mário Andreaza, conseguir recursos para que fosse feita a cobertura do canal, que servia não apenas para escoar as águas das chuvas, mas também para receber águas e dejetos dos esgotos das casas e estabelecimentos ao longo do seu trajeto.
Vale lembrar que todas as águas das cumeeiras, rumo ao Norte, das ruas Bonifácio Moura, Siqueira Campos, Sebastião Bandeira de Melo, Padre Manoel Mariano, Pedro Américo, Justino Bezerra, Treze de Maio, Juvêncio Carneiro e Praça Dom Moisés Coelho formam um dos maiores riachos que cortam a cidade de Cajazeiras e faz curso exatamente na Travessa Joaquim Costa, onde passa o canal, que depois de coberto, já não suporta o volume de água que por ali deságua.
A cobertura que foi feita, no final de década de 80, não tinha como objetivo a colocação de barracos comerciais, mas para ser um passeio, se constitui hoje num sério problema urbanístico de Cajazeiras, que necessita urgentemente de uma solução.
Em João Pessoa, no último mês de março, o prefeito de Cajazeiras, acompanhado da deputada estadual Dra Paula, assinou convênio com o governo do Estado para a obra de requalificação do Canal da Travessa Joaquim Costa, no centro da cidade. Ele disse que agora a Prefeitura vai abrir o processo licitatório para contratação da empresa que vai realizar a obra, avaliada em cerca de três milhões de reais, com a contrapartida do município. Vamos aguardar o desfecho desta obra para ver se ela vai se concretizar.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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