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Francisco Inácio Pita

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Mais um novo ano letivo…

10/02/2009 às 14h39

Está começando mais um ano letivo na rede estadual de ensino e o nosso estado continua a merecer de um ajuste na educação. De um lado o professor teve recentemente um aumento salarial regular, aumento na sua carga horária, mas as condições de trabalho continuam a mesma em quase todas as escolas do estado da Paraíba. Falta laboratório de ciências e informática, hoje um dos pontos primordial para uma educação de qualidade e direcionada ao gosto da nova juventude que vive uma nova era.

Quadro, giz, livros, hoje é considerado com arranjos para a educação, suporte de apoio de segunda base na educação moderna. Algumas escolas da Paraíba receberam de 2004 para cá, alguns computadores, mas trata-se de computadores de antiga geração, processador desatualizado, memória pouco, alguns não chega nem 100 de memória ram e alguns no lugar da memória tem apenas uma vaga lembrança. Como podemos desenvolver uma educação de qualidade quando na verdade o governo do estado não dar as condições mínimas necessárias para o desenvolvimento do professor e do aluno, assim não dá.

Quem escuta o programa do governador Cássio Cunha Lima, na segunda-feira pode observar que a Paraíba é um dos melhores estados do Brasil, mas será que tudo que o governador fala é verdade? Será que o governador sabe que a Rodovia PB 400, trecho que liga São José de Piranhas a Bonito de Santa Fé está com a ação tapa buraco paralisada? Será que o governador sabe que algumas obras tidas com concluídas para o governo ainda estão por terminar? Talvés a sua assessoria na informa bem e o governador, coitado fica desatualizado.

No inicio do ano, o aluno se matricula e vem com grande ansiedade para a escola, mas encontra muitas barreiras, professores mais vezes desatualizados, sem compromisso com a educação, com idéias e conteúdos ultrapassados e sem concordar com o dialogo para a melhoria na educação e reforma necessária. Com isso cria uma grande celeuma entre o professor e o aluno. O aluno se ver no direito de reclamar e muitas vezes se decepciona com a resposta que encontra do seu educador.

Nossas escolas sofrem com a repressão de alguns educadores que não almejam tais mudanças, para que se mude algo, é necessário que modifiquemos nosso pensamento e nossas ações e que aprendamos a aceitar as diferentes opiniões individuais e atinjamos as opiniões coletivas dos nossos alunos. A crise na educação e estabelecida pelos problemas gerados por métodos classificatórios de avaliação, currículos fechados e falta de recursos materiais e qualificados para a função de professor, falta criatividade, motivação tanto de professores como dos alunos, respeito e valorização das diversas idéias e opiniões. Nós, educadores, temos de criar, pesquisar, refletir e agir para mudar essa realidade que envolve nossa educação. Não podemos viver sem mudar, já dizia os grandes filósofos, a única coisa que permanece são as mudanças, por tanto, devemos mudar a cada instante os nossos métodos educacionais para atingir a torre do sucesso. O professor da atualidade precisa entender que tudo muda e tentar acompanhar as mudanças que estão aparecendo a cada dia. Não podemos mais aproveitar os conteúdos do ano passado sem uma prévia reforma, tudo muda, o mundo tecnológico muda a cada hora, são novas tecnologias surgindo e nossos professores precisam mudar a sua forma de pensar e agir, é claro, que nem todos estão mal informados, mas uma boa parte sim.

Na atual estrutura educativa em que está inserida toda educação em nosso país, percebemos uma forte crise de identidade e paradigmas, na qual falamos muito sobre o assunto, mas pouco colocamos em prática, até professores que trabalham com o repasse das novas modificações educacionais como coordenador pedagógico de algumas escolas, passa uma coisa nos estudos para os colegas professores e na sala de aula a sua prática e ação são outras totalmente diferentes. O sistema educacional está descrito nos livros, revistas, na mídia em geral, é muito lindo e maravilhosamente bom, mas as ações, as aplicações e as transformações não saem do papel, da criatividade e da moralidade e, quando ocorrem, é em número muito reduzido, somente alguns educadores têm condições específicas para colocá-las em prática e conseguem fazer isso. A transformação significativa depende da criatividade individual e coletiva, da organização e do planejamento das idéias e das condições estruturais e globais, que devem ser estimuladas pelo meio em que vivemos e pela associação desses fatores à reflexão, análise, pesquisa, interpretação, contextualização e avaliação das ações. Sabemos que problemas educacionais ocorrem em varias áreas, como financeiras, culturais, sociais e pedagógicas, mas para que haja mudança, deve ser feito um levantamento dessas dificuldades por meio de um diagnóstico da realidade e da busca das melhores formas possíveis para a elaboração de um projeto eficiente e eficaz.

A educação, não só atinge o meio da escola, mas prejudica a sociedade em geral. Há uma grande necessidade da integração entre a escola e família, a prestação de serviço da escola, uma interação com o mundo lá fora. A escola tem a obrigação de sai do seu recinto e produzir dentro da sociedade alguns mecanismos para alavancar o povo e contrair mais credibilidade da sociedade. As escolas precisam promover eventos educativos que chame atenção da sociedade e produzir efeitos lucrativos para ambos os lados. A promoção de palestras falando sobre drogas, doenças sexualmente transmissíveis, como conservar o meio ambiente, a prostituição dos adolescentes e muitos outros temas. Trazer estes temas precisa de muito preparo por parte dos educadores e administradores das escolas, o que levaria a uma diferenciação dos desastres existente entre as famílias. A escola precisa se conscientizar que precisa sair das salas e atingir o povo de forma direta. Os governantes também precisam dá apoio e condições financeiras, num projeto assim, precisamos de boa premiação para os participantes da sociedade, para que eles se ligam e participem ativamente dessas ações.
Sem a participação financeira do governo e o grande interesse dos educadores, não vai funcionar nunca e a sociedade vai a cada dia se distanciar das escolas. Isso não pode acontecer, ainda é tempo de salvar, só precisa da disposição de todos os lados.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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