Luz exuberante em Cajazeiras
Por Francisco Frassales Cartaxo
Este mês vivi, durante oito dias em Cajazeiras, momentos de emoção e trabalho de natureza cultural. Do lançamento da biografia de dom Zacarias Rolim de Moura a atividades da Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Visitei o casarão, que no passado abrigou o Hotel Oriente, hoje, sendo adaptado pelo prefeito José Aldemir para abrigar a Casa da Cultura, com espaço destinado à sede da ACAL. Na companhia do dinâmico secretário Ubiratan di Assis vi as obras. Breve, será nosso endereço.
Apesar da persistência da maldita pandemia, a ACAL reuniu dezesseis sócios, na Biblioteca Castro Pinto, no dia 10 de janeiro, de forma presencial, após mais de dois anos sem esse salutar convívio. Os temas ali abordados já foram divulgados na mídia. Estamos agora implementando as providências decorrentes de deliberações tomadas naquela ocasião. Algumas, aliás, já foram concretizadas.
Zé Aldemir não é um homem de letras.
Tem longa vida dedicada ao que gosta de fazer: exercer sua profissão e respirar política, ligando as duas coisas num mesmo bloco de serviços prestados. Um hábito de nossa cultura política, desde remotos tempos. Assim o conheci. Ele, um jovem médico, e eu ajudando Ivan Bichara a governar a Paraíba. Mesmo com visões de mundo diferentes e posições políticas e ideológicas, quase sempre divergentes, nos respeitamos muito.
Confesso que sua gestão, aprovada pelos cajazeirenses de maneira insofismável na reeleição de 2020, me surpreendeu. Surpresa agradável. Realço sua determinação de cuidar do interesse coletivo, sem formar grupelhos de saqueadores do dinheiro público, infelizmente, tão comum na sociedade brasileira. Lamento não ter ajudado mais seus passos como administrador. Ele que enfrentou problemas de saúde muito mais graves do que os meus. O coração a gritar: pare com isso! E ele teimando e resistindo, resistindo e teimando. Pois bem, mesmo não sendo um homem de letras, Zé Aldemir surpreende a todos nós no apoio às atividades artísticas e culturais de Cajazeiras, como se fosse um dos nossos. Falta-lhe tão só coroar sua passagem pela prefeitura com realizações que cubram de glória a história da terra do padre Inácio Rolim.
Tanto me envolvi nesse clima que, naqueles oito dias, o lazer encolheu. Um almoço no Mansões com Célia Maria, a pizza na calçada da rua padre Rolim, a sangria do Açude Grande! E visão da luz a projetar a exuberância da natureza em Cajazeiras. Eterno amor à minha terra!
Presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL
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