João, Ernani, Wilson e Ricardo e as escolas estaduais de Cajazeiras
A História dos colégios estaduais de Cajazeiras, construídos a partir da década de 60, é marcada por grandes lutas e a mais importante foi a do Colégio Estadual Crispim Coelho, fundado em 1961, quando era governador Pedro Moreno Gondim (1961/1966), por ter sido o primeiro colégio público a oferecer na época o Curso Ginasial, o que corresponde nos dias atuais à segunda fase do Ensino Fundamental e os cursos Cientifico e Clássico que correspondem hoje ao Ensino Médio, até então todos os colégios existentes eram particulares.
O Colégio Estadual funcionou inicialmente no Grupo Escolar Dom Moisés Coelho e seu primeiro diretor foi Monsenhor Abdon Pereira e o governador João Agripino (1966/1971), tomou a decisão de mandar construir o que seria na época o mais imponente estabelecimento de ensino do estado, na cidade de Cajazeiras e comenta-se até que Pedro Gondim já teria deixado os recursos para sua construção nos cofres do estado.
Onde está situado o Colégio, no inicio dos anos 60, era quase mata virgem e para se ter uma ideia, ao lado estava o Posto de Fronteira do fisco estadual. A “loucura” de construir um colégio tão distante do centro foi do prefeito Chico Rolim (1963/1969 – 1º mandato), que sempre teve a visão de expandir a cidade, levando para a periferia as obras que ele conseguia junto aos governadores.
Houve até manifestações e vozes contrárias combatendo a ideia da construção do Colégio distante do centro da cidade, mas o cronista e professor Antonio José de Sousa, escreveu um artigo, em 28 de outubro de 1965, condenando o “comodismo doentio daqueles que não pensam no desenvolvimento futuro de nossa comuna” e disse ainda “Cajazeiras está crescendo, está prosperando, precisa expandir-se, precisa alarga-se em todas as direções dos seus horizontes”. O Colégio foi construído e no governo de Antonio Quirino de Moura (1973/1977), foi feito o calçamento da Avenida Pedro Moreno Gondim.
O Colégio cresceu em número de alunos e foi necessário fazer um anexo que funcionou no Grupo Escolar Dom Moisés Coelho e já no governo seguinte, o de Ernani Satiro (1971/1975), a cidade foi contemplada com um novo modelo de escola que se implantava em todo o país, as chamadas Escolas Polivalentes, que tinha como objetivo iniciar/despertar os jovens para uma profissão, mas infelizmente faltaram os professores para as disciplinas profissionalizantes e o projeto não obteve êxito. Um dos grandes responsáveis para a vinda desta escola para Cajazeiras foi o deputado estadual Edme Tavares e ela foi denominada de Cristiano Cartaxo e teve como primeiro diretor José Antonio de Albuquerque.
Com o crescimento da cidade para a Zona Norte, o governador Wilson Braga (1983/1986) mandou construir a atual Escola Professor Manoel Mangueira Lima, se constituindo como uma das grandes obras de sua ação de governo para com a nossa cidade. Em volumes de obras Wilson Braga foi maior ainda do que Ivan Bichara, o governador filho de Cajazeiras.
Mas Cajazeiras está prestes a ganhar mais uma escola estadual, passados 28 anos. O governador Ricardo Coutinho nos contemplou com uma das Escolas Profissionalizantes que estão sendo financiadas com recursos do governo federal, com os mesmos objetivos das Escolas Polivalentes II da década de 70. Possivelmente ela seja concluída até o final deste ano e esperamos que ela atinja os seus objetivos, que os cursos profissionalizantes atendam aos anseios da sociedade e principalmente do mercado de trabalho.
Não incluímos nesta relação o Colégio Comercial, fundado em 1951, porque somente no governo de Tarcizio de Miranda Burity ela passou a pertencer ao governo do estado e não foi obra construída pelo mesmo, em Cajazeiras.
A cidade de Cajazeiras que tem hoje mais de 27 mil estudantes, em todos os seus 150 anos de existência, teve apenas três estabelecimentos de ensino médio construídos pelo estado, desde a década de 60, e em breve receberá outro.
Cassimiro Ernesto de Albuquerque
Faleceu no último dia 11, Cassimiro Ernesto de Albuquerque, aos 92 anos de idade e era um dos mais antigos comerciantes de Cajazeiras. Por décadas, exerceu sua atividade, numa mercearia na Av. Francisco Matias Rolim, onde hoje está estabelecido o seu filho Erisvaldo Albuquerque. Cassimiro era tio do Pe. Francivaldo e deixa, entre os inúmeros amigos, muitas saudades.
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