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Radomécio Leite

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Janela do tempo

26/04/2010 às 23h58

Por José Antonio

Poucos são documentos que existem sobre a ocupação da área do Distrito de Engenheiro Ávidos, conhecido também por Boqueirão de Piranhas, encravado no município de Cajazeiras, cuja povoação foi iniciada em função do Rio Piranhas, com uma família que teria migrado do Ceará atingida por uma grande seca no ano de 1845 e teria se estabelecido em uma localidade onde existia um poço permanente, conhecido hoje pelo nome de Poço de Pedro Galdino.

A ocupação do então Sitio Malhada Grande se consolidou a partir da construção do Açude de Boqueirão, no inicio do século XIX, mais precisamente no dia 1º de julho de 1921.

Uma das primeiras medidas foi a construção da estrada que ligava o Sítio Santo Antonio ao boqueirão, com a finalidade de transportar as máquinas e materiais. Os serviços foram paralisados em 1925, devido às mudanças de governo e somente reiniciadas em 1932, ano de outra grande seca no Nordeste.

O crescimento da população de Boqueirão foi do dia para a noite, principalmente a partir da seca de 1932, o que trouxe uma série de conseqüências tanto do ponto de vista ambiental quanto da saúde da população, quando uma epidemia de cólera fez inúmeras vitimas, dentre elas o engenheiro responsável pela obra: Moacyr Monteiro Ávidos, que acometido pela febre foi para Fortaleza se tratar, mas acabou morrendo no dia 12 de dezembro de 1932. Este fato obrigou as autoridades a construírem um hospital.

Não localizamos ainda o número de “cassacos” que trabalharam na construção do Açude de Boqueirão, nem o montante de recursos utilizados, mas estamos realizando pesquisas junto ao DNOCS na tentativa de coletar estes e outros dados porque existe uma preocupação de muitos filhos que nasceram neste Distrito em preservá-los e divulga-los.

Vale ressaltar que muitos filhos deste Distrito, que eu os denomino “Filhos da Seca”, são hoje figuras de projeção nacional, incluindo entre eles Raimundo Lira, que foi senador da República e que foi o homem que conseguiu os recursos para construir a atual ponte sobre o Rio Piranhas, que evita que os habitantes da vila fiquem isolados durante as grandes cheias.

Dentre as primitivas famílias poderíamos citar a “Couras” que tem uma plêiade de homens e mulheres que enobrece e eleva o nome do Distrito e que precisa haver uma divulgação para conhecimento da atual geração.

Estou tentando iniciar um movimento para reunir todos os filhos ausentes para um encontro com a finalidade de preservar a memória do Distrito, construído a partir das primeiras levas de imigrantes, que começaram a habitar a região de Malhada Grande, bem antes da Construção do Açude.

Tanto a história do Distrito, quanto a da Construção do Açude são muito de grande importância e que deve ser escrita, antes que a memória e os documentos desapareçam. Este açude tem uma importância fundamental na vida de milhares de pessoas, tanto para a irrigação, na produção de alimentos, quanto no abastecimento de água para a população de diversas cidades, dentre elas Cajazeiras e Sousa.

João Claudino
O empresário João Claudino me telefonou ontem dando ciência que vai participar da festa de inauguração do novo aeroporto e já teria marcado a data para 13 de junho para uma exibição da famosa Esquadrilha da Fumaça. Seu João está acreditando que a empresa que começou o serviço vai terminá-lo no prazo estipulado no contrato.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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