Homossexualismo e Igreja Católica

Ensaio sobre o conflito entre o mundo gay de movimentos homossexuais, de um lado; e a Igreja Católica do outro, com sua prática e seu ensinamento cristão com base na bíblia sagrada e na moral, tem sido muito questionado e revolucionado em todo o universo. Recorre-se ao conceito de longa duração utilizada por ambas as partes. A igreja se posiciona com base em Cristo, que mostra no livro de gêneses, capitulo 2, a criação do universo, onde Deus fez tudo e por último o homem, e achando que não estava bom, fez o homem dormir e enquanto ele dormia, tirou-lhe uma costela e fez a mulher, e no mesmo momento criou um plano de amor para os dois, abençoando e autorizando a iniciar a povoação do universo. Deus não fez dois homens nem duas mulheres, mas fez um homem e uma mulher. A idéia de natureza humana, utilizada pela Igreja, bem como para os valores modernos de centralidade do indivíduo e de secularização é bem visto e estudado pelos religiosos, mas eles não podem fugir o doutrina da bíblia. Nestes valores, afirma-se autonomia de realidades seculares como a ciência e a política frente ao mundo religioso.

Há uma forte tensão entre o mundo homossexual e a Igreja por conta da doutrina católica, que basicamente condena as relações homossexuais e o casamento gay. O papa João Paulo II lançou em 1992 o Catecismo da Igreja Católica, um compêndio doutrinário com ampla divulgação. Segundo o Catecismo, a tradição cristã tem como base a Sagrada Escritura que consideram os atos de homossexualidade graves e com intensas reprovações. Tais atos são"intrinsecamente desordenados", contrários à lei natural e em nenhum caso pode ser aprovado.

Em resposta a estas posições da igreja católica, vários militantes gays que inclusive tem crescido muito em todo o universo, têm acusado a Igreja de minar a sua auto-estima, impondo um enorme sofrimento psíquico aos homossexuais, além de estimular o ódio social contra eles, mas aparentemente não corresponde à realidade, a igreja apenas orienta e informa com base na bíblia o grande pecado que eles estão cometendo. Mas os movimentos gays acusam a igreja. Conforme algumas pesquisas, no Brasil, um homossexual é assassinado a cada dois dias por pessoas homofônicas ou outras facções que não se conformam com o homossexualismo, mas agem de maneira errada e contraditória as leis divinas e leis dos homens, onde ninguém pode tirar a vida do outro.

De um modo geral, os últimos papas têm seguido a moral sexual de seus antecessores, ou seja, só estar certo o relacionamento sexual entre o marido e mulher após o casamento. Outros pontos, no entanto, tiveram alguma alteração recente. O Catecismo diz que "um número não negligenciável de homens e mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual". A versão posterior e definitiva do mesmo texto substitui tendências inata por profundo conhecimento e radical. De qualquer modo, há algo novo aqui. Isto significa admitir que algumas pessoas são estruturalmente homossexuais e que carregam esta condição por toda a vida. Não se trata, portanto, de algo que possa ser revertido ou curado, mas conforme o Catecismo, trata-se de uma depravação greve citada nos incisos 2357-2359. É como se fosse uma doença. Convém lembrar que até 1991 a Organização Mundial de Saúde classificava a homossexualidade como doença.

O Catecismo afirma ainda que os homossexuais "devem ser acolhidos com respeito", compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta ". A homofobia em tese condenada, mas não se especifica o que seja "discriminação injusta". De qualquer maneira, a Igreja reconhece que ninguém tem o direito de agredi-los, xingá-los ou equipará-los a criminosos. Apesar disso, ainda há atitudes homofônicas despreparada que opõem autoridades eclesiásticas contrariando este ensinamento.

Outro importante marco doutrinal da Igreja é o Concílio Vaticano II, realizado nos anos de 1962 a 1965. Este Concílio propôs um diálogo amplo, aberto e respeitoso com a sociedade moderna. Nesse momento, a Igreja reconheceu a liberdade de consciência – o direito da pessoa agir segundo a norma reta de sua consciência – bem como a "legítima autonomia" das ciências e das realidades temporais, desde que sua liberdade não interfira na liberdade dos outros. Estas realidades incluem o poder político, o que justifica a separação entre Igreja e Estado. Em séculos passados, estes elementos da modernidade foram causa de fortes conflitos com a sociedade. Ao aceitá-los, a própria Igreja entra em um dinamismo que mostra certezas imutáveis do tempo da cristandade. Não é mais possível evitar questionamentos radicais que problematizam doutrinas tidas como certas. Mesmo sendo contra a legalização da união civil de pessoas homossexuais, há bispos que não se opõem a direitos decorrentes destas uniões, como o direito de herança apenas. No âmbito da teologia moral, vários teólogos chegam a criticar o ensinamento oficial.

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Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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